Uma matéria exibida no JN resultou em um processo contra a emissora carioca
Apesar de terem sido muito elogiados pela cobertura da pandemia no Brasil, o que resultou até em uma indicação ao Emmy Internacional, William Bonner e Renata Vasconcellos tiveram um revés na Globo e a emissora foi processada por conta de uma reportagem do Jornal Nacional.
Acontece que em abril do ano passado, ainda nas primeiras semanas da crise sanitária, o JN levou ao ar uma reportagem sobre uma cidade do interior de São Paulo, na qual relatou o falecimento de uma vítima da Covid-19 ( que não teve o nome divulgado), na ocasião, a pessoa foi um dos primeiros casos fatais da doença no Brasil.
No entanto, a matéria resultou em um processo contra a emissora carioca, movido pela viúva e os filhos do homem, que segundo Rogério Gentile, colunista do UOL, venceram a primeira instância do processo que tem valor indenizatório de R$ 36 mil.
Segundo o portal, Bonner e Renata, que além de serem âncoras do telejornal, ocupam cargos de chefia na redação da Globo foram acusados de usarem a imagem da vítima de forma indevida e sem a autorização da família.
De acordo os parentes de J.P, sigla atribuída ao nome da vítima, a matéria do JN motivo de constrangimento público na cidade em que vivem.
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Isso porque, após sua exibição, a viúva e os filhos teriam se tornado assunto de fofoca entre os moradores locais: “Os autores [do processo] foram alvos de especulações e discriminação, principalmente em estabelecimentos de uso rotineiro como banco, lojas e mercados, já que as pessoas cochichavam entre si e se afastavam deles, devido ao medo da doença”, alegou o advogado de defesa nos autos do processo.
O QUE DIZ A GLOBO
O setor jurídico da Globo, por sua vez, rebateu as acusações e alegou que o tema da reportagem era extrema relevância para o público:
“Foram divulgados fatos verdadeiros e de notório interesse coletivo. Além disso, o conteúdo da reportagem não é pejorativo, muito pelo contrário, e não foi proferido absolutamente nenhum juízo sensacionalista”, justificou a emissora carioca.
VEREDITO DA JUSTIÇA
No entanto, as repostas da emissora não foram suficientes e os acusados no processo foram condenados pelo juiz Marcos Vinicius Krause Bierhalz. O magistrado também deu a pior notícia para o canal determinou que a Globo deve pagar uma indenização de R$36 mil à família de J.P.
“Houve abuso do direito de informação com a violação ao direito de imagem do morto”, disse o juiz em sua sentença. “A escolha da veiculação do nome e da fotografia de uma única vítima naquela reportagem tem caráter puramente sensacionalista, impondo profundo sofrimento e sentimento de irresignação aos familiares”, concluiu.
No entanto a sentença, não é final, pois segundo Gentile, a Globo ainda pode recorrer em outras esferas judiciais.
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