Aguinaldo Silva fica magoado e triste com polêmica envolvendo sua próxima novela


O autor Aguinaldo Silva em entrevista ao "Roda Viva" (Foto: Reprodução/TV Cultura)
O autor Aguinaldo Silva em entrevista ao "Roda Viva"  (Foto: Reprodução/TV Cultura)
O autor Aguinaldo Silva em entrevista ao programa “Roda Viva”
(Foto: Reprodução/TV Cultura)

Autor da Globo, Aguinaldo Silva está magoado e triste após polêmica envolvendo sua próxima novela das nove “O Sétimo Guardião”. Ele está triste por causa de “inveja e ingratidão”.

“Faz tempo que não escrevo nada, nem aqui nem alhures. E por que não escrevo nada? Por que não me apetece. Porque estou triste. Porque neste momento bracejo num mar em que em se misturam vários tons de cinza: ingratidão, despeito, rancor… E a maldita inveja”, escreveu o autor global em publicação feita nesta terça-feira (27) em seu site (veja o texto na íntegra abaixo).

O texto de desabafo de Silva vem depois dele ter sido acusado de plágio por ex-alunos de sua MasterClass (workshop para formar novos novelistas), que alegam que o autor teria pego histórias de personagens desenvolvidas por eles para “O Sétimo Guardião”. Com ameaça de briga judicial, a Globo ainda avalia a situação do folhetim, que pode ser cancelado (leia mais aqui).

“Faz tempo que não escrevo nada, nem aqui nem alhures.

(Não sabe o que é alhures? Não tem nada a ver com alho, veja no Google)

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E por que não escrevo nada?

Por que não me apetece. Porque estou triste. Porque neste momento bracejo num mar em que em se misturam vários tons de cinza: ingratidão, despeito, rancor… E a maldita inveja.

Não escrevo neste momento, mas posso voltar a escrever amanhã se mantiver o ritmo das braçadas e continuar nadando até o porto mais seguro.

Enquanto isso, para manter os dedos em forma, toco piano. Li certa vez em algum lugar que, se acorrentarmos um chipanzé ao piano durante cinco mil anos ele acabará tocando todos os concertos de Beethoven.

Já este pobre chimpanzé que vos escreve foi condenado a, nos próximos cinco mil anos, só escrever telenovelas.

Quando tive meu primeiro livro publicado aos 16 anos! pensei, com aquela arrogância típica dos adolescentes: “um dia vou ganhar o Prêmio Nobel”. Mas até agora só consegui ganhar dois Emmys… E ainda anseio por ganhar um terceiro.

A frase acima é a deixa para lembrar a vocês uma história contada em “Os Sopranos”. A certa altura entrou um personagem novo no seriado – um roteirista cuja criatividade fora tolhida pelo vício das drogas. Na mais absoluta penúria, ele resolveu empenhar o único bem que lhe restara – a estatueta do Emmy ganha no auge do seu sucesso. Com a empáfia dos que já foram vencedores e acham que poderão sê-lo de novo, levou o troféu ao homem do prego, que lhe ofereceu por ele 50 dólares.

– Mas isso é um Emmy! – Reagiu o roteirista ultrajado. Ao que o homem do prego respondeu:

– Se pelo menos fosse um Oscar…

Detalhe: no ano em que esta cena foi ao ar o seriado “Os Sopranos” ganhou seis Emmys. Por isso os americanos são melhores em tudo: eles sabem onde lançar a ingratidão, o despeito, o rancor e a maldita inveja e dar descarga.

Eu disse lá em cima que não estava escrevendo nada e foi isso que fiz aí em cima: só escrevi bobagens.

Mas, pelo menos confirmei para mim mesmo que no teclado meus dedinhos continuam ágeis.

Toca outra vez, Aguinaldo!”

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Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.