A noite desta sexta (10) foi muito difícil para a equipe de Deus Salve o Rei na Globo, devido ao incêndio ocorrido na quinta-feira que destruiu o cenário da novela.
A produção prometia ser diferente de tudo que já se viu na Globo, a começar pelo fato de que estava sendo gravada em uma cidade cenográfica totalmente fechada, do lado de dentro da emissora, como informa o jornalista Flávio Ricco. Ou seja, sem locações externas.
No entanto, por conta da tragédia que acabou com o sonho de fazer uma novela com produção inovadora, os principais responsáveis pela novela logo pela manhã participaram de uma reunião para analisar alternativas e dar continuidade aos trabalhos.
A idéia é de nunca baixar a cabeça. “Vamos fazer ainda melhor”, prometeu o diretor artístico Fabricio Mamberti. Ele recebeu a solidariedade de todos os companheiros de emissora, e, a princípio, a estreia está mantida para 9 de janeiro.
Agora, a informação que circula nos corredores da Globo é de que o incêndio teria começado com um vela usada em cena. O fogo se espalhou muito rápido devido ao fato de que boa parte dos materiais dos cenários é de fácil combustão.
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Figurinos da figuração, escolhidos a dedo, também foram destruídos, a exemplo de pertences pessoais de atores e técnicos que se encontravam no momento. Felizmente todos deixaram o local e ninguém se feriu.
Vale dizer que eram dois espaços, medindo 35m X 70m e 35m X 75m, além de uma área de 1.800 metros quadrados com cenários fixos. No primeiro galpão foi montado o reino de Montemor, com castelo e cidade medieval. No segundo, o reino de Artena – no qual transita a plebeia Amália (Marina Ruy Barbosa). Além disso, uma extensa área de chroma key para as cenas que envolvem efeitos visuais, floresta e as sequências de batalhas.
Além disso, os cenários fixos de “Deus Salve o Rei” estavam sendo realizados com o conceito de “mutação”, muito usado no teatro. “Temos a possibilidade de transformar os espaços em até 15 ambientes diferentes, muitas vezes alterando apenas uma parede”, explicou no mês passado Keller Veiga, cenógrafa da trama junto com Pedro Equi e Felipe Serran.
“Uma cidade cenográfica totalmente ‘indoor’ é um projeto antigo e que vai facilitar muito, sobretudo em relação às condições climáticas e às correções de luz, e que também vai possibilitar a utilização de materiais como o barro, por exemplo”, declarou Keller.
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