O ano está perto do fim, e para a última edição da coluna “Sinal Aberto” em 2016 resolvi fazer uma breve análise de como foi o ano das principais emissoras de TV no país, vamos lá.

Globo

A emissora dos Marinhos teve um ano de altos e baixos, poucas atrações foram destaque, mas as que conseguiram se sobressair fizeram isso com maestria. Sem duvida o maior sucesso do canal foi a novela “Eta Mundo Bom” de Walcyr Carrasco, a trama das seis bateu recorde e venceu por diversas vezes o horário das nove. A principal faixa de novelas teve um péssimo ano, “Velho Chico” e “A Lei do Amor” se revelaram um verdadeiro fracasso de audiência. Em contrapartida a faixa das sete está muito bem, com tramas que caíram no gosto popular, “Haja Coração” e “Rock Story”, a audiência tem correspondido.

Vale destacar o sucesso da primeira edição do “The Voice Kids” e do programa de Márcio Garcia “Tamanho Família”, ambos foram uma grata surpresa para nossa TV no domingo, além da série “Justiça”, sucesso de repercussão e crítica. O destaque negativo fica por conta de “Supermax”, prometida como inovadora em terras brasileiras, a série se tornou um verdadeiro fracasso de audiência e critica, não atoa a audiência despencou ao longo das semanas.

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Record

A Record foi a emissora que errou mais do que acertou no ano de 2016. Mas prometo fazer um esforço para encontrar coisas boas.

A grande novidade ficou por conta do “Power Couple”, o reality de casais foi sucesso de audiência e critica. Com um elenco que deu o que falar, e um formato novo na TV brasileira, a novidade da Record parece ter vindo pra ficar e promete ter muitas edições se continuar a trilhar o caminho que começou. A estreia de “A Terra Prometida” nos fez lembrar de que a Record pode fazer algo bem feito, diferente da segunda temporada de ODM que foi sofrível assistir. A estreia do “Programa do Porchat” foi uma boa aposta no entretenimento, mas ainda precisa de ajustes. O descanso de seu principal reality “A Fazenda” também foi importante para o formato respirar.

Os erros ficam por conta de ODM segunda temporada, como citado acima, além da falta de preparo ao decidir suas próximas novelas, “Belaventura” que teve tempo de sobra, não conseguiu ficar pronta para substituir EM que será sucedida por uma reprise. Mas o maior de todos foi o lançamento da nova identidade visual, feia e sem vida, além da inversão de seu nome para RecordTV, que não representa a verdadeira Record, que é sangrenta e gosta de sensacionalismo.

SBT

No SBT, “Carinha de Anjo” foi a única boa novidade da emissora, bem produzida, cenários muito bem feitos, certamente nos mostra o amadurecimento do SBT na teledramaturgia. Vale lembrar de “A Garota da Moto”, série produzida pelo canal em parceria com uma produtora, está longe de ser bem produzida, mas é admirável a tentativa da emissora de criar algo que não seja reprisar.

Os erros cometidos por Silvio Santos são tão bobos que poderiam ter sido evitados, e olha que não precisa ser vidente para prever. O “Fofocando”, programa criado de última hora, em poucos meses já trocou de horário algumas vezes e em breve se mudará para as manhãs, até agora não emplacou e já estreou fadado ao fracasso. A volta de “A Usurpadora” dispensa comentários, e a desvalorização com seu jornalismo ao colocar como âncora um adolescente que nem ao menos estuda a profissão. Lamentável.

Band

O acerto da Band também é o seu erro, uma vez que não sabe lidar com o sucesso. O “MasterChef” foi mais explorado do que desgraça na Record. Seu principal formato segue desgastando, e a emissora vai usá-lo até chegar ao ponto de zerar na audiência.

O “X-Factor” não conseguiu reproduzir seu sucesso aqui no Brasil como é lá fora. Talvez o canal do Morumbi não estava preparada para a grandiosidade que o programa exige.

RedeTV!

A RedeTV! teve um ano sólido e sem muitos investimentos. O sucesso do “Encrenca” que consegue constantemente vencer seu principal rival “Pânico na Band” o torna o maior sucesso da emissora no ano.

Sabemos que todas as emissoras tem enfrentado dificuldades financeiras devido à crise que estamos passando. Mas espero que em 2017 elas possam pensar melhor suas decisões, e entender quem nem sempre o mais caro traz mais retorno, a TV é simples, e geralmente o simples é o que agrada o público.

Por Maurício Freitas

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