A linha fina do sucesso e do fracasso nas novelas


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O jornalista Nelson Rodrigues ousou em dizer que “a unanimidade é burra”, como uma forma de responder às críticas atiradas às suas polêmicas obras: romances ácidos, com histórias picantes que criticavam a hipocrisia presente nas High Societies, ou Altas Sociedades, do Rio de Janeiro do Século XX. Mas o que Nelson também quis dizer, em outras palavras, é que é impossível agradar a gregos e troianos ao mesmo tempo, e sempre irá aparecer alguém pra tascar uma pedra na sua ideia. Na TV, não poderia ser diferente.

Sempre que é lançado um produto novo, é comum ouvir atores e novelistas se referirem ao famoso “frio na barriga”, uma sensação de nervosismo perante o desconhecido, o que vem por aí. Por mais que se tenha um bom número de capítulos gravados e uma produção impecável, nunca se sabe se a plateia dará um salve de palmas, ou uma boa e, “numérica”, vaia – sem tomates, claro.

Novelas são obras abertas. Seu andamento segue de acordo com a vontade do público, do gosto da audiência, que não é algo fácil de ser medido. Pode-se ter uma grande ideia em mente, mas se ela não for bem aceita, nada vai adiantar. Mas como esse sucesso todo pode ser medido? Como saber se as pessoas estão gostando, ou não, da história que está sendo levada diariamente para milhões de televisores, celulares, computadores, tablets e outras mídias por aí? Não é algo fácil de ser explicado, mas tiremos como exemplo a ilustre Avenida Brasil. Em questão de poucas semanas, o sucesso de Suelen invadiu as lojas, lançou tendências, trejeitos, e a moda da periguete descolada e irreverente foi apenas um aperitivo do que viria depois.

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A saga Carminha e Nina, hoje sucesso nas redes sociais, levou um tempo para ser digerida pelo público, entrar nas rodas de conversas e virar posts em blogs, tuítes e perfis de facebook. Aos poucos, o público foi gostando dessa disputa e assim, de episódio em episódio, a trama quente de João Emanuel Carneiro entrou de vez no gosto popular. Isso sem falar da trilha sonora fácil de ser assimilada, como muitos hits de FM que facilmente entraram para as campainhas de aparelhos celulares Brasil afora. Cheias de Charme transbordou da novela e foi parar nas estações de radio, nas roupas de crianças e jovens, e trouxe o foco para as empregadas, numa espécie de homenagem a essas profissionais. O sucesso de Carrossel pode ser visto, além dos números de Ibope, nas cifras das vendas de sua trilha sonora, e, porque não, nos DVD’s piratas com seus capítulos gravados, vendidos pelas ruas dos grandes centros urbanos.

Mas, deixando de lado os êxitos, vamos falar dos chamados “pés frios”: as ovelhas negras nos currículos dos novelistas. Aquelas páginas que eles gostariam que fossem “arrancadas” de suas biografias. Quando a coisa dá errado, nem sempre há como remendar, e pior que fazer feio, é não fazer bonito, nem feio: simplesmente passar em branco. Alguém se lembra de “Aquele Beijo?” Voltando um pouco mais a fita, exemplos são muitos. A falta de identificação do público com os personagens, as histórias, a trilha sonora, entre outros elementos, repercute de maneira pior que a crítica: a baixa repercussão.

Nas últimas semanas, temos visto o fraco rendimento de “Gabriela”. Mesmo com alto nível de produção, autoria do experiente Walcyr Carrasco, elenco estelar e uma história com forte apelo popular, a trama não conseguiu engatar. Talvez o que possa ter levado a esse resultado indesejado seja justamente o repeteco dos conflitos abordados no folhetim: coroneis tiranos, a mulher desejada pela torcida do flamengo, os triângulos amorosos tradicionais… Algo novo? Pois é, você já viu esse filme.

Quem sabe, Saramandaia surpreenda e traga o surrealismo de volta como uma forma de dar uma oxigenada no enredo das novelas? Enquanto isso, a gente se liga e compartilha nossas ideias e discussões. Divulgamos se gostamos disso, e não daquilo, e dessa forma, jamais seremos unânimes com a nossa amada e alfinetada TV do Brasil, sil, sil…

 

 

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