Para quem não se recorda, a empresa foi desenvolvida pelo engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel e tinha como proposta produzir carros 100% nacionais.
A montadora foi fundada no dia 1 de setembro de 1969, na Avenida do Cursino, em São Paulo, mas, pouco tempo depois a fábrica mudou sua sede para Rio Claro, em 1975.
De acordo com informações do portal Auto Esporte, a marca se destacou pela produção de veículos com a carroceria feita de fibra de vibro e o design “quadradão” dos carros.
Para completar o diferencial, os automóveis eram movidos somente a gasolina, eles eram contra a produção de automóveis a álcool.
Vale destacar, que João Gurgel sempre buscou ser um homem a frente do seu tempo e por esse motivo, ele produziu veículos movidos a eletricidade. Nos 27 anos de existência, a empresa fabricou variados modelos de carros, além de protótipos.
João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, fundador da montadora (Foto: Reprodução / Auto Esporte)
QUAL FOI O MOTIVO DA FALÊNCIA?
Porém, em 1992, quando a montadora já havia comercializado 3,745 carros, a empresa entrou em greve, impedindo a chegada de grandes componentes que vinham da Argentina.
Infelizmente, a empresa chegou ao fim em 1993, quando estava em crise e entrou com pedido de Recuperação Judicial. Ainda tentando salvar sua empresa, Gurgel solicitou um empréstimo de US$ 20 milhões, contudo, o alto valor não foi concedido.
A montadora não resistiu a forte concorrência (Foto: Reprodução / Auto Esporte)
Após o fim da montadora, a fábrica ficou nas mãos de um escritório em São Paulo e depois de todas as tentativas de venda do terreno e com seus veículos abandonados, a Gurgel Motores foi leiloada em 2007, por cerca de R$ 16 milhões de reais.
O dinheiro na época serviu para que eles pagassem as dívidas trabalhistas, que chegaram a quase R$ 20 milhões.
Ao longo das mais de duas décadas em operação levaram a criação de 40 mil veículos que hoje representam uma boa relíquia para colecionadores nacionais.
Gurgel teve sua falência decretada em 1994 (Foto: Reprodução / Auto Esporte)
QUAL FOI A OUTRA MONTADORA QUE DEU ADEUS?
A montadora gigante, rival da Volkswagen, a Chrysler, foi uma fabricante de veículos que entrou como uma marca de carros de custo baixo, para rivalizar com os carros Chevrolet, Ford, Volks, onde criou modelos marcantes na década de 60 e começo da década de 70, mas acabou entrando em crise no ano de 2001, e nos anos seguintes foi descontinuada devido falta de modelos, isolamento e decadência da mesma.
No ano de 2009, a fabricante de veículos Chrysler declarou falência, após as negociações entre o Departamento do Tesouro e os credores chegar ao fim, com um comunicado feito pela Casa Branca, do Estados Unidos.
De acordo com informações do jornal ‘Detroit Free Press’, a conversa que contou com o consórcio de 46 bancos e o Fundo de Investimentos na época, dos quais a montadora devia certa de 7 bilhões de dólares, não chegaram a um acordo final.
Chrysler foi a montadora que fechou as portas nos EUA (Foto: Reprodução / Auto Esporte)
Mesmo em dezembro de 2008, com o governo do Estados Unidos liberando um empréstimo de 4 milhões de dólares para a Chrysler e outros 500 milhões de dólares no início de 2009, a empresa não conseguiu se reerguer.
A última tacada da montadora foi buscar trocar os quase 7 bilhões de dólares em dívidas por cerca de 2,5 bilhões com dinheiro. Mas como não chegaram a um acordo, a Casa Branca teve que declarar o triste fim da empresa.
Um dos carros fabricados pela Chrysler (Foto: Reprodução / Auto Esporte)
QUANDO DECLARAR FALÊNCIA?
A falência é uma opção quando a empresa não é mais viável financeiramente. Seja pelo excesso de dívidas ou por não faturar o necessário para continuar funcionando.
De acordo com informações do portal UOL, quando o credor pede falência, as dívidas devem ser maiores do que 40 salários mínimos.
Falência (Foto: Reprodução / Canva / Montagem TV Foco)
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