Depois de ter sucesso no comando do “Domingo Show”, de Geraldo Luís, e ter que intervir no “Programa do Gugu”, o departamento de jornalismo se transformou na área mais poderosa da Record. Agora também à frente da atração de Gugu Liberato, a área jornalística passou a comandar 13 horas de programação diariamente – o dobro do departamento artístico – e já se prepara para comandar o programa de Xuxa Meneghel. Vice-presidente de jornalismo, Douglas Tavolaro já não esconde que manda tanto na emissora – ou até mais – do que Marcelo Silva, vice-presidente artístico e de programação, maior apoiador da contratação de Xuxa.
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Tavolaro, inclusive, foi quem teve a ideia de abortar o projeto de uma atração vespertina diária e colocar a ex-“rainha dos baixinhos” nas noites de quarta-feira, dia em que a Globo é mais vulnerável, por causa do futebol. E o jornalismo se prepara para dar outro “golpe” na área artística da Record: tem planos de comandar o “Programa da Tarde”, com Luiz Bacci no lugar de Britto Júnior.
Desde que o jornalismo estreou no comando de um programa de auditório, com o “Domingo Show”, de Geraldo Luís, há um ano, a Record é uma emissora dividida. O racha transparece aos olhos do telespectador mais atento. Na última quinta-feira (02), os jornalísticos da rede de Edir Macedo anunciavam a cada 15 minutos uma entrevista de Andressa Urach que seria realizada no programa de Gugu Liberato. Comandado pelo departamento artístico até uma semana antes, Gugu não teve nem metade dessa promoção quando entrevistou Suzane von Richthofen e o ex-goleiro Bruno.
Com a “conquista” do “Programa do Gugu”, Douglas Tavolaro avançou um pouco mais no terreno de Marcelo Silva. Foi um duro golpe na área artística, que agora só opina em questões plásticas e técnicas da atração, não mais no conteúdo. A negociação que entregou Gugu a Tavolaro passou longe da sala de Marcelo Silva. Foi costurada diretamente entre Tavolaro, Edir Macedo e o também bispo Marcelo Cardoso, apontado como o futuro presidente da Record. Excluído da decisão, Silva, o chefão do artístico, apenas adotou o discurso de que entregar Gugu ao jornalismo seria o melhor para a Record.
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