Bianca Rinaldi: "Sou atriz de uma emissora, e não de um autor"


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Bianca Rinaldi quer ser respeitada. E, talvez por isso, enfatize tanto que adora o posto de protagonista conquistado no SBT em 2002, em Pícara Sonhadora, e mantido em seus seis anos de Record. Agora, na pele da executiva Arminda de Ribeirão do Tempo, a atriz tem a chance de trabalhar para um novo autor dentro da emissora. Até então, tinha sido escalada para todos seus trabalhos pelo amigo Tiago Santiago, que assinou no ano passado com o SBT, onde escreve Uma Rosa com Amor. “Sou atriz de uma emissora, e não de um autor. A empresa deve decidir o meu caminho dentro dela”, defendeu-se.

Arminda representa uma chance de interpretar uma personagem mais próxima de seu cotidiano. Sem os efeitos especiais, as cenas de ação ou os conflitos de época de novelas como Caminhos do Coração, Os Mutantes e A Escrava Isaura, a atriz garante que se sente ainda mais motivada diante desta nova realidade. “Às vezes, é mais difícil fazer algo próximo de você do que embarcar em uma fantasia. O ator precisa de elementos para não parecer que é ele que está cena e não o personagem”, analisou.

Essa é a sua primeira novela na Record que não é escrita pelo Tiago Santiago. Você sentia falta de trabalhar com outras equipes?
Não é uma questão de necessidade, acho que isso faz parte do meu trabalho. Sou uma atriz, independentemente de amizades que possa ter com autores e diretores. Sendo assim, desejo sempre poder fazer bons trabalhos com bons diretores e bons autores. E a Record sempre me proporcionou isso. Fazer uma novela do Marcílio Moraes era um desejo antigo meu. Até já tinha recebido um outro convite dele. Infelizmente, não pude aceitar na época. Acho que chegou a hora e estou curtindo o trabalho assim como curti a ideia logo que a conheci.

Mas o Tiago, além de ser seu amigo, sempre reservava você para as novelas dele, impedindo que outros autores pudessem pensar no seu nome. Se ainda trabalhasse na Record, poderia reservá-la mais uma vez…
Tenho uma relação pessoal com o Tiago, sim. Ele é padrinho da minha filha. E ele me reservava mesmo. Se estivesse ainda na emissora, talvez eu estivesse reservada para outra novela dele. Ou talvez não. Não dá para dizer isso porque nunca saberei. Não tenho ideia se ele não estaria pensando em outras pessoas. Mas o Marcílio é um autor muito bom. A Record tem outros autores que se destacam e que fazem um bom trabalho além do Tiago Santiago, que esteve aqui e sempre trouxe bons projetos e resultados excelentes. Sou atriz da emissora, não de um autor. A empresa, em acordo com os autores e diretores, decide para onde tenho de caminhar. Acho que o que mais me motiva agora é ter um papel com características distantes dos que eu tive.

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Quais são essas características?
A Arminda é uma mulher muito arrogante, pernóstica, fria, enfim, nada simpática.

Você acha que isso pode atrair certa hostilidade do público? Trabalha alguma forma de evitar isso?
Trata-se de uma personagem que tem um lado cômico e isso me facilita um pouco. Existe a paixão da Arminda pelo Joca, papel do Caio Junqueira. Mesmo sendo um grande conflito para ela, por conta das diferenças entre os dois, rolam situações engraçadas que, na minha visão, podem conquistar a simpatia dos telespectadores.

Você enxerga a Arminda como uma vilã na história?
Não. A Arminda não é uma vilã. Pelo menos, não está classificada assim na sinopse. Carregamos um pouco na antipatia dela, mas vilania mesmo, não há. Eu não enxergo isso e ninguém está tratando dessa forma. Essa novela não tem essas características. Não existe a mocinha e a vilã. São personagens que chegam a apresentar certa dubiedade.

Você nunca fez comédia na TV. Está se sentindo à vontade neste gênero?
É verdade, eu não tinha feito comédia ainda em novelas. Mas me sinto à vontade sim, é bem gostoso. Até porque já fiz bastante no teatro. O bacana é não ser uma comédia explícita, não se trata de um núcleo cômico. É mais uma comédia de situação. A Arminda não tem essa função estratégica de fazer rir, não é esse o papel principal dela na trama. Mas acontece.

Desde 2004, quando assinou com a Record, você ocupa o posto de estrela da emissora. Hoje, seis anos depois, como lida com isso?
Essa é uma pergunta muito complicada para ser respondida. Não posso dizer que é um peso porque não enxergo dessa forma. Não me coloco na posição de estrela. Vem muito mais de olhares externos. É claro que é gostoso ouvir e ler isso, é uma massagem no meu ego. Não vou ser hipócrita a ponto de negar isso, mas tem o seu perigo também. Faz com que eu tome mais cuidado.

Que tipo de cuidado? Existe alguma cobrança?
Não me sinto cobrada por isso. Faço com dedicação e carinho, dou o máximo que posso dentro daquilo que me cabe. De minha parte, sei que faço o que está ao meu alcance. Sou totalmente aberta para ouvir os meus diretores e a emissora, como qualquer atriz deve ser. Esse é o meu trabalho. É assim que eu lido, é como eu vejo.

Você tem vontade de poder ser coadjuvante? Gravar menos horas, ter mais tempo para se dedicar a um personagem…
Eu? Não! Adoro ser protagonista! Adoro gravar muito, comecei assim, graças a Deus, e venho me mantendo assim. Tento entender as pessoas que reclamam e que pedem para não ficar com tanta responsabilidade, mas não passo por isso. Espero ficar por muito tempo ainda nessa posição.

Ribeirão do Tempo ¿ Record ¿ Segunda a sexta, às 22h.

Mudanças programadas
Para encarnar a articulada Arminda em Ribeirão do Tempo, Bianca Rinaldi precisou fazer uma mudança radical no visual. Além de clarear bastante os cabelos, a atriz cortou-os na altura dos ombros. Tudo para combinar com o figurino elegante da personagem e contrastar com o ar clássico e interiorano da cidade fictícia que dá nome à novela. “O Edgar já tinha a ideia dessa cor forte e o Ton Reis desenvolveu esse look. Aprovei tudo, achei que combina com a proposta e ficou bem em mim”, disse.

Mas Bianca precisou mudar mais que apenas o corte e a cor dos cabelos para gravar Ribeirão do Tempo. A atriz estava longe das novelas desde 2008, quando gravou Os Mutantes até os seis meses de gestação das gêmeas Beatriz e Sophia. Depois disso, aproveitou o término da gravidez e agora, com as filhas já com um ano de idade, se diz confortável para voltar ao trabalho. E jura rejeitar qualquer estrelismo na hora de ocupar a posição, como ela mesma se refere, de mãe que trabalha fora. “Não vejo diferenças. É difícil para mim do mesmo jeito como é para qualquer outra mãe que vê a licença maternidade terminar”, garantiu.

Trilha de sucesso
Bianca trabalha desde cedo e estreou na TV aos 15 anos como a paquita Xiquita Bibi, assistente de palco que Xuxa tinha na época do Xou da Xuxa, em 1990. Mas sua disciplina rígida veio bem antes disso, ainda pequena. Aos cinco anos, já praticava ginástica olímpica, atividade que dividia com sua rotina de estudos. “Tive uma disciplina de atleta que me ajudou demais quando me mudei para o Rio e entrei na TV”, explicou a atriz, que na época veio acompanhada da família.

A estreia como atriz aconteceu ainda na Globo, em Malhação, trabalhando ainda para jovens. Em 1997, ela interpretou a professora Úrsula no seriado teen, voltando a trabalhar com crianças em 2001 na última temporada da trama infantil Chiquititas, no SBT. Caiu nas graças de Sílvio Santos e, entre 2001 e 2002, emplacou duas protagonistas na emissora: a primeira em Pícara Sonhadora e, em seguida, em Pequena Travessa. Só em 2004 assinou com a Record, quando ganhou ares de estrela ao protagonizar o remake de A Escrava Isaura. “Tenho muito orgulho de tudo que eu conquistei. Adoro meu passado como paquita, mas trabalho para consolidar cada vez mais a minha carreira de atriz. Acho que tenho conseguido isso com o respeito do público e também da crítica”, valorizou.

Trajetória televisiva
# Xou da Xuxa (Globo, 1990) – Paquita.
# Malhação (Globo, 1997) – Úrsula.
# Chiquititas (SBT, 1998) – Andréa.
# Pícara Sonhadora (SBT, 2001) – Milla Lopes.
# Pequena Travessa (SBT, 2002) – Júlia.
# A Escrava Isaura (Record, 2004) – Isaura.
# Prova de Amor (Record, 2005) – Joana.
# Caminhos do Coração (Record, 2007) – Maria.
# Os Mutantes (Record, 2008) – Maria.
# Ribeirão do Tempo (Record, 2010) – Arminda.

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