Canal Alternativo | Por que o Egito tem a regra do jogo?

Bom seria se fosse só granizo, mas caiu bolas de fogo também. Os egípcios, até os que estavam dentro do palácio sofreram com a praga. (Foto: Reprodução TV Record/Os Dez Mandamentos) — (Foto: Reprodução TV Record/Os Dez Mandamentos)

A audiência da TV aberta nunca teve tão desmonopolizada como hoje. Quem diria um dia a Globo, no ano do cinquentenário da emissora estar fugindo de uma novela da concorrente? A atração da Record parece ter conseguido. Alterou praticamente toda a grade noturna da Globo para “fugir” da novela bíblica. A herança deixada por “Babilônia” no horário fez com que nem João Emanuel Carneiro, autor da última novela que se aproximou da meta para o horário, alcançasse a meta de 35 pontos na Grande São Paulo.

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Desde 2010, o cenário de decadência da audiência das novelas das nove era previsto. Começou com “Passione”, que, na época, marcou 35 de média. O cenário só melhorou com “Fina Estampa”, que mesmo sendo clichê, na época, recuperou 3 pontos, e, depois, com “Avenida Brasil”, que manteve o índice. Mas, depois disso, “Em Família” derrubou novamente o horário com os 30 pontos de média, que culminaram na nova faixa de audiência das tramas das nove. Mas afinal, porque a novela de Moisés consegue passar o SBT e chegar a alcançar a Globo?

A resposta é simples e pode ser respondida com um exemplo do passado. Desde 2012, com “Rei Davi”, a Record tem conseguido um público que procurava uma alternativa às novelas da Globo, tanto que, na época, a minissérie fez muito sucesso, marcava 15 pontos. O SBT também procurou fazer uma alternativa aos telespectadores investindo nas tramas infantis e também conseguiu, mesmo que agora, com “Cúmplices de um Resgate”, a força das novelas deste tipo de temática tem perdido força . Foi fugindo do tradicional que as duas emissoras conseguiram público na faixa.

Conversando com pessoas na rua, ouvindo conversas alheias sobre novelas, pude perceber que “A Regra do Jogo”, apesar de ser uma novela bem feita, é uma novela mais da mesma, com temas que tratam do cotidiano das pessoas. O que percebo é que, ao contrário de 2012, quando a nova classe C gostava de se ver na tela, agora, as pessoas estão fugindo dos temas da vida real. isso apesar de não concordar e definir como uma novela bem produzida e com fotografia ótima.

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Só podemos concluir que esta mudança na preferência do telespectador possa trazer um benefício. Com a perda do tão inatingível horário nobre da Globo, a emissora, agora, terá que buscar novamente a preferência e quem ganha com isso? Todos nós. Mais qualidade, mais concorrência e mais opções. Sendo uma disputa justa e limpa, que mal tem? Com a estreia de “Escrava Mãe” em novembro, poderemos ver se esse cenário irá se confirmar.