Home » Celebridades » Carioca fala sobre o fim do “Pânico” e revela até quando o programa fica no ar
O mundo da televisão foi surpreendido no último mês com a notícia de que a Band não produzirá mais o “Pânico”, programa que fez bastante sucesso no século passado na RedeTV! mas que foi adquirido pela Band na tentativa de alavancar a audiência dos domingos.
O humorista Márvio Lúcio, que ficou conhecido na atração como o Carioca, confirmou o fim do programa em entrevista à revista VEJA. Ele contou, inclusive, até quando o “Pânico” ficará no ar, e qual foi a reação da equipe ao receber a notícia do cancelamento.
“Fomos informados de que estaremos na Band só até dezembro. É claro que ficamos tristes. Há cerca de 100 pessoas que trabalham lá. Só eu, tenho 21 anos de programa no rádio e catorze de TV. Mas o grupo não vai acabar: continua no rádio e pode ir para outra emissora”, revelou.
O humorista acredita que a atração comandada por Emílio Surita deve ser considerada um marco na televisão brasileira por ter revolucionado o humor, especialmente pelo fato da TV na época ser “extremamente careta”.
“A Globo exibia a novela Celebridade e vivíamos um tempo em que era proibido criticar celebridade. O Pânico confundiu. Dávamos 18 pontos na RedeTV. Tem noção? Uma nova geração de humoristas surgiu como nunca se viu no país”, completou.
Carioca ainda falou sobre a saída de vários humoristas, que contribuiu para a “decadência” do “Pânico”. Segundo ele, muitos deixaram a atração porque “cresceram nas redes sociais e conquistaram sua autonomia artística”.
“Embora eu tenha um bom número nas redes, nunca pensei assim. Fiquei preocupado em sair e atrapalhar o programa. Mesmo sabendo que já não passávamos por um momento fácil, cheguei a um acordo com os colegas, por uma questão de carinho”.
Ele ainda falou sobre o personagem Bolsonabo, imitação do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Carioca não se importa em levantar ainda mais a popularidade do político, e afirma não sentir rejeição por interpretar alguém que divide opiniões.
“Vou contar um segredo que me agrada: com esse personagem, pude driblar o politicamente correto e falar de assuntos que hoje são tabu, como feminismo e machismo. Driblei essa coisa chata do politicamente correto. Para mim, é a maior vitória“, disse.