BOMBA!

Bilhões e dívidas: Após 50 anos, Casas Bahia toma decisão para não jogar a toalha e clientes são comunicados


Casas Bahia luta para sobreviver em meio à cenário adverso e toma medida crucial (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco)

Casas Bahia toma medida para evitar o pior e clientes são comunicados sobre a situação

E a Casas Bahia, uma das maiores referências do varejo, após 50 anos, atravessa um dos seus períodos mais conturbados e, diante de cenário desafiador, tomou medidas drásticas para não “jogar a toalha” de vez e evitar o pior.

Isso porque ainda no dia 04 de março de 2024, ela chegou a anunciar o alongamento do prazo de dívidas que chegavam a R$ 1,5 bilhão, que aliás venceriam neste ano, para daqui 3 anos.

Esse movimento representa um importante respiro de liquidez além de afastar o “fantasma” de uma possível  recuperação judicial.

De acordo com a Exame Invest, a empresa comunicou ao mercado em geral, incluindo clientes, a sua posição de caixa (em números preliminares e ainda não auditados), mostrando uma melhora significativa no indicador.


Casas Bahia realizou um plano de reestruturação (Reprodução: Internet)
Casas Bahia (Foto: Reprodução/Internet)

No fim de 2023, a varejista tinha R$ 3,58 bilhão em caixa, quase R$ 800 milhões a mais do que no encerramento do terceiro trimestre.

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Parte desse valor veio de um reforço de R$ 500 milhões que entraram em novembro com a constituição de um Fundo de Direitos Creditórios (FIDC), conforme sinalizou o CEO Renato Franklin em entrevista exclusiva concedida ao INSIGHT, no mês de janeiro deste ano.

Segundo o Suno, nesta última segunda feira (18), a Casas Bahia comunicou a conclusão do processo de reperfilamento de emissões de cédulas de crédito bancário e da nona emissão de debêntures*

(*título de crédito representativo de um empréstimo que uma companhia realiza junto a terceiros e que assegura a seus detentores direito contra a emissora, estabelecidos na escritura de emissão)

Respiro concedido

Como mencionamos acima, as dívidas da Casas Bahia, que venceriam entre 2024 e 2025, terão um novo prazo de três anos (36 meses), com a amortização do principal após a carência de 18 meses, em pagamentos trimestrais de 5% – após carência – e 70% no 36º mês.

O custo das operações será de CDI + 4% ao ano, de acordo com declarações da própria Casas Bahia, conforme exposto pelo portal Suno.

Previsto para ser divulgado no próximo dia 25 de março, após fechamento do mercado, o resultado do 4º trimestre da Casas Bahia deve apresentar mais uma retração em seus principais indicadores.

A varejista voltou a ter a Via como sua dona (Reprodução: Internet)
A Casas Bahia conseguiu um prazo maior para conseguir cobrir as dívidas e evitar o pior  (Foto Reprodução: Internet)

Porém, de acordo com a Genial Investimento, isso ocorre em meio a um ambiente macroeconômico ainda desafiador e a alavancagem elevada é outro ponto de atenção.

Segundo estimativas,  a empresa deve reportar prejuízo de R$ 703 milhões no 4T23 da Casas Bahia, número mais do que o quádruplo do registrado no mesmo período em 2022,  quando a companhia teve prejuízo de R$ 163 milhões.

Expectativas desafiadoras …

No entanto, na visão geral do Genial Investimento, esse montante representa uma leve melhora do que o reportado no 3T23 (negativo em R$ 836 milhões), dado a melhora sequencial no Ebitda da companhia.

Para o 4T23, a Genial espera que a receita líquida da Casas Bahia chegue a R$ 7,4 bilhões, queda de 16,2% na comparação com o mesmo período de 2022.

Fora isso, desde que a varejista apresentou seu  plano de transformação, ela passa por um momento de fechamento de lojas não rentáveis.

Por conta disso, se espera o encerramento das atividades de 17 unidades ao longo do trimestre, sendo que só no ano de 2023 foram 55 fechamentos.

Fora isso, infelizmente, a expectativa é que gere  uma piora da tendência de vendas para o Grupo Casas Bahia, com desaceleração em seus três canais (loja física, 1P on-line e 3P), com estimativa de volume bruto de mercadorias total de R$ 10,3 bilhões, representando uma queda de 11,6% na comparação anual.

Segundo a gestora da Genial, produtos como telefonia, eletrodomésticos, eletroportáteis, TVs e móveis têm enfrentado um ambiente difícil para o consumo ao longo dos últimos trimestres.

A Genial também acredita que o marketplace do Grupo Casas Bahia deve destoar diante da concorrência como Magazine Luiza Mercado Livre.

Briga de gigantes no varejo (Foto: Reprodução/Mercado Livre/Magazine Luiza)
Um dos maiores desafios da Casas Bahia é bater de frente com concorrentes como Mercado Livre e Magazine Luíza  (Foto: Reprodução/Mercado Livre/Magazine Luiza)

Apesar de todos esses desafios, conforme exposto nem no inicio desse texto, esse respiro nas dívidas pode significar um sopro de esperança que assim como outros nomes do varejo lutam pela sua sobrevivência.

Qual a história da Casas Bahia?

A Casas Bahia foi fundada ainda em 1952, em São Caetano do Sul, São Paulo, onde até hoje se localiza a matriz.

Seu surgimento se deve ao imigrante polonês Samuel Klein , que iniciou como mascate vendendo produtos de porta em porta. Como a  maioria dos seus clientes eram retirantes baianos, surgiu o nome da empresa.

Mas foi apenas em 1957 que a primeira loja foi aberta e, como mencionamos, até hoje ela é considerada a maior referência em varejo de móveis e eletrodomésticos do país.

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