Em entrevista, o ator da Globo Cauã Reymond falou um pouco sobre um de seus projetos e revelou que sua tia ameaçava cortar seu pênis
O ator Cauã Reymond está se preparando para voltar às telinhas em uma novela ainda em fase de pré-produção da Globo. Enquanto isso, o artista, que é pai da pequena Sofia, fruto de seu relacionamento com a atriz Grazi Massafera, tem se dedicado ao cinema.
Em breve, Cauã Reymond estreará o filme “Pedro”, filme de Laís Bodanzky, no qua ele interpreta Dom Pedro I no retorno do imperador a Portugal. Paralelamente, o ator grava a segunda temporada da série Ilha de Ferro, do aplicativo Globo Play, e encabeça um novo projeto, mais intimista e pessoal, também para o cinema, intitulado “Azuis”, baseado no livro “Todos os Cachorros São Azuis”, do autor Rodrigo de Souza Leão.
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A obro de Souza Leão trata sobre a esquizofrenia, um tema bastante delicado e que sempre esteve atrelado ao cotidiano de Cauã Reymond que, em entrevista ao site RG, revelou que teve uma tia, irmã de sua mãe, que sofria com a doença e que acabou morrendo assassinada em um hospício.
Ao RG, Cauã Reymond contou que ao ter contato com a história retratada no livro “Todos os Cachorros São Azuis”, ele automaticamente voltou ao passado e recordou de sua tia que, segundo ele, ameaçava cortar fora seu pênis.
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“Quando você me pergunta o que me deu o “clic” de apostar nesse trabalho [Azuis], eu tenho que falar de uma tia, irmã da minha mãe, que era esquizofrênica. Então, isso foi muito presente na minha infância, até que ela, assim como ele, morreu em um hospício (ela morreu na casa de saúde Doutor Eiras, um hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro), a minha tia foi assassinada. Ela quebrou o braço de dois enfermeiros em um dia, no outro ela foi morta. Minha família era bem simples e a gente não tinha dinheiro para fazer nada, nem para contratar um advogado, nós praticamente só a sepultamos. Apesar da doença, minha tia tinha muito humor, como o Rodrigo (de Souza Leão), a obra dele tem um humor obsceno, erótico, pornográfico, que a minha tia tinha também. Então a obra dele me remete a esse universo que me foi tão presente e ao mesmo tempo muito chocante. Eu lembro que a minha tia falava sério que ia cortar o meu pinto, e eu tinha sete anos nessa época, idade da minha filha hoje, eu tenho memórias fortes e, ao mesmo tempo, as memórias vão mudando ao longo dos anos e você vai criando histórias. Acho que isso também é interessante no meu trabalho, a gente conta histórias muitas vezes inspiradas em fatos reais”, declarou Cauã Reymond.
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