Leona Cavalli já está se despedindo de sua personagem em “Amor à Vida”. A ambígua e inconstante doutora Glauce morrerá em um acidente de carro, que deixará o público em dúvida se foi realmente um acidente ou se a doutora atentou contra a própria vida. A atriz ainda não gravou seu desfecho nem as cenas em que é desmascarada e assume a responsabilidade pela morte da mulher de Bruno (Malvino Salvador), Luana (Gabriela Duarte), e do filho do casal. As cenas estão previstas para serem exibidas a partir do dia 16 de dezembro. “Não sei qual o tom que o diretor vai dar, mas vai ficar uma dúvida no ar, se o acidente com a Glauce foi de propósito ou não”, adianta Leona.
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Para atriz, o desfecho de Glauce vai de encontro com a sua trajetória na trama. “Sempre houve a probabilidade de ela ter um fim trágico. Isso estava previsto para acontecer na reta final, mas, como tiveram algumas mudanças, vai acontecer agora”, diz Leona. A alteração a que ela se refere é o adiamento do fim da trama, que a princípio terminaria no dia 10 de janeiro. A novela ficará no ar até o dia 31. A personalidade da ginecologista e obstetra foi moldada ao longo da trama pelo autor Walcyr Carrasco, mas sua ambiguidade sempre esteve presente. Em alguns momentos, Glauce chegou a ser esquecida na trama, mas, desde que firmou uma parceria com o vilão Félix (Mateus Solano), ficou claro que seu caráter não era dos melhores.
“Ela pegou vários caminhos, que deixaram um rastro de que a personagem tinha um segredo obscuro”, observa a atriz. Desde o começo da novela, Glauce mostrou que era capaz de fazer qualquer coisa pelo amor que sente por Bruno (Malvino Salvador). “Não era claro que ela foi capaz de matar a mulher dele, mas ficou claro, sim, que ela era capaz de fazer qualquer coisa mesmo por essa paixão não correspondida”, diz. O telespectador só deve entender de fato o que se passa na mente da perversa na cena em que ela confessar a Bruno tudo o que fez. “Ao ler o texto escrito pelo Walcyr, sei que essa cena se trata de um encontro com a verdade.”
Diferentemente de Félix, que conseguiu algumas vezes sapatear na cara de seus inimigos, Glauce nunca conquistou o que queria. A energia dela sempre foi nebulosa, carregada de inveja. “A matéria prima de um ator é saber mexer com tudo isso sem se contaminar. O peso da Glauce eu sempre deixei no estúdio”, comenta Leona. Esse é o segundo trabalho da atriz em um folhetim do autor Walcyr Carrasco. O primeiro foi “Gabriela”, no ano passado, quando ela fez sua primeira vilã, Zarolha. “Ele me deu personagens marcantes e muito intensas, ambas com personalidades inconstantes.”
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