FIM DE UMA ERA!

Falência e mais de 1k funcionários na rua: O fim de banco nº1 de Fortaleza, CE, após decreto do Banco Central

Falência de banco popular do Ceará, após decreto do Banco Central, deixa 1k de funcionários na rua (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco/Canva/Lennita)

Falência de banco popular do Ceará, após decreto do Banco Central, deixa 1k de funcionários na rua (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco/Canva/Lennita)

Banco tradicional e nº 1 de Fortaleza, Ceará – CE, tem falência decretada pelo Banco Central e deixa cerca de mil funcionários desempregados

Os bancos não apenas operam como instituições financeiras; eles sustentam a economia, impulsionam o desenvolvimento e moldam o futuro de gerações no país.

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No Brasil, especialmente no Nordeste, algumas dessas instituições ergueram-se como símbolos de progresso e orgulho regional.

Entre elas, destacou-se o Bancesa (Banco Comercial Bancesa S/A).

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Com sede em Fortaleza, CE, o Bancesa encerrou uma era de protagonismo no cenário bancário cearense ao ter sua falência decretada em 2003, após décadas de atuação.

Com base nas informações do portal Wiki e do Diário do Comércio, a equipe especializada em economia do TV Foco revisita essa história que marcou para sempre o setor financeiro.

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Um calote alarmante

Em 1994, o Bancesa começou a apresentar sérios problemas financeiros ao deixar de repassar tributos federais e contribuições previdenciárias, acumulando uma dívida de R$ 134 milhões.

Em fevereiro de 1995, o Banco Central revelou um passivo de R$ 421 milhões frente a ativos de apenas R$ 136 milhões.

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Essa intervenção marcou o início do processo de liquidação da instituição.

A falência e o adeus definitivo

Após anos de tentativas fracassadas de reestruturação, o Banco Central decretou oficialmente a falência do Bancesa em fevereiro de 2003, deixando cerca de mil funcionários na rua.

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De acordo com o juiz federal George Marmelstein Lima, desde a apropriação dos valores federais, o banco jamais demonstrou interesse real em devolvê-los.

Diversos indícios apontaram que a diretoria do Bancesa pretendia usar o dinheiro arrecadado — mas não repassado — para tentar salvar financeiramente a instituição, em benefício próprio, às custas do dinheiro público.

Desde a liquidação extrajudicial decretada em 1995, a Fazenda Nacional e o INSS moveram esforços para recuperar as quantias desviadas.

Massa falida

A Justiça Federal apurou diversas irregularidades cometidas pelos representantes da massa falida, incluindo uma tentativa frustrada de saque de mais de R$ 20 milhões.

Atualizando os valores até junho de 2010, a dívida referente a tributos federais e contribuições previdenciárias somava R$ 475.427.821,89.

Além disso, em 2023, vinte anos após a falência, a Justiça Federal bloqueou R$ 286.256.775,45 da massa falida e transferiu imediatamente ao Tesouro Nacional.

Justiça Federal (Foto: Reprodução/ Internet)

A decisão corrigiu a histórica falha ao patrimônio público e, além disso, garantiu as execuções fiscais anteriores à quebra, prevenindo prejuízos maiores.

O que ficou no lugar do Bancesa?

No local onde ficava o Bancesa (Banco do Ceará) em Fortaleza, atualmente está o edifício da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE). 

A Sefaz-CE, com suas seis plantas, ocupa um espaço de 3.120m² e está localizada no centro de Fortaleza, perto de outras obras importantes como o Palácio Coronado e o Palácio do Progresso. 

Hoje, o edifício abriga diversas empresas, entre lojas, escritórios e estabelecimentos de serviços.

Ao procurar declarações oficiais sobre a falência por parte dos responsáveis, os mesmos não foram identificados, no entanto, o espaço segue em aberto.

Conclusão:

O Bancesa representou mais do que um banco: foi um símbolo de desenvolvimento e orgulho para o Ceará.

Sua ascensão meteórica e queda abrupta expuseram os desafios de gestão e as fragilidades do sistema financeiro.

Atualmente, suas ruínas servem como alerta: sem responsabilidade e transparência, até os gigantes tombam. O que resta são histórias, lições e a saudade de um tempo que não volta mais. Mas, para saber mais sobre outros bancos e histórias como essa, clique aqui*.

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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