Gigante nº1 e amada por milhares de consumidores de SP e RJ, encerra atividades no Brasil após falência e deixa milhares sem chão
Ao longo de todos esses anos, milhares de marcas e varejistas – que até então eram gigantescas – acabaram se despedindo em meio a cenários desfavoráveis.
Até aqueles nomes fortemente presentes nas lojas dos principais shoppings já se despediram, deixando um vazio enorme e milhares de clientes sem chão com a situação.
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Falando nisso, a equipe do TV Foco, especializada em economia, a partir de informações divulgadas pelo portal Wiki, traz hoje mais detalhes de uma dessas gigantes, nº1 e mais queridinha, a qual fez um sucesso absoluto por anos, principalmente nas regiões de São Paulo e Rio de Janeiro, a Blockbuster …
Uma história de cinema …
Você pode não lembrar, mas há cerca de duas décadas, visitar uma locadora de filmes fazia parte do cotidiano dos amantes do cinema.
- Nesse cenário, um nome que se destacou foi justamente a Blockbuster.
- Fundada ainda em 1985, em Dallas, por David Cook, ela foi inicialmente equipada com tecnologia para a época, como scanners de código de barras.
- Com isso, ela se transformou na experiência de locação mais acessível e eficiente.
- Em poucos anos, ela expandiu-se agressivamente, chegando a 9 mil lojas em 9 países no auge de sua operação.
No Brasil, a Blockbuster deu suas caras no ano de 1995, o que marcou a vida de gerações ao democratizar o acesso a filmes e jogos.
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Suas unidades traziam não apenas uma ampla variedade de títulos, mas também um ambiente que se tornava ponto de encontro e lazer.
Essa presença global fez dela uma das maiores referências na indústria do entretenimento físico, consolidando um modelo de negócios que, por anos, parecia imbatível.
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Por que a Blockbuster foi “atropelada” pela Netflix?
No entanto, o buraco da Blockbuster estava bem embaixo, dentro e fora do país, o que acabou desencadeando em seu fim decadente.
Isso porque, enquanto ela focava na expansão de suas lojas físicas, a Netflix surgia como uma startup disruptiva em 1997, oferecendo o aluguel de DVDs por correio e, posteriormente, o revolucionário serviço de streaming:
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- Ainda nos anos 2000, a Blockbuster recusou uma oferta para comprar a Netflix por US$ 50 milhões. Na época, a Blockbuster tinha mais de 7 mil lojas, enquanto a Netflix registrava apenas 420 mil assinantes.
- Em 2007, a Netflix lançou sua plataforma de streaming, enquanto a Blockbuster insistia no modelo físico e atrasava sua entrada no mercado online.
- Em 2010, a Blockbuster já havia declarado falência com uma dívida de US$ 1 bilhão, enquanto a Netflix atingia 16 milhões de assinantes e consolidava sua liderança no mercado digital.
Compra da Americanas:
Vale dizer que em 2007, a varejista Lojas Americanas iniciou a compra dos direitos da Blockbuster no Brasil:
- Na época, a rede contava com 1,2 milhão de pessoas cadastradas, 330 mil clientes ativos e 1.200 funcionários por todo o país.
- Inicialmente, o nome Blockbuster foi cancelado, junto com o formato de aluguel de DVDs, videogames e VHS. Com o tempo, as lojas passaram a adotar o formato Americanas Express.
Em poucos anos, o nome Blockbuster foi abandonado e a locação de filmes e jogos foi deixada de lado.
Em 2015, a Lojas Americanas iniciaram a desvinculação da seção Blockbuster das Americanas Express e concluíram o processo em meados de 2017, quando não restaram mais lojas Blockbuster no Brasil, exceto pelas Máquinas de Cinema.
Isso porque a Lojas Americanas também utilizou o nome Blockbuster para criar a Máquina de Cinema, uma máquina de vendas automatizada lançada em 2012, que oferecia aluguel de DVDs, blu-rays e jogos, utilizando o sistema de créditos e pontos da Blockbuster.
Ela esteve presente em diversas unidades do Rio de Janeiro e Niterói. No entanto, em 2016, a Americanas desativou as máquinas e retirou o site do ar.
Quando a Blockbuster deu adeus de vez ao Brasil?
A insistência da Blockbuster em priorizar as lojas físicas, mesmo quando o mercado apontava para uma transformação digital, foi fatal.
Já a Netflix, ao perceber as mudanças nos hábitos de consumo, adaptou-se rapidamente, investindo em tecnologia, algoritmos de recomendação e produções próprias.
Porém, no Brasil, a Blockbuster começou a enfrentar dificuldades muito antes da falência global.
As lojas foram encerrando suas atividades gradativamente, com o golpe final em 2010, quando o último estabelecimento fechou suas portas e deu adeus ao Brasil.
A partir desse momento, a empresa perdeu totalmente sua relevância no mercado brasileiro, que já se inclinava para o consumo digital.
Vale destacar que a Blockbuster não se pronunciou oficialmente sobre o fechamento de suas operações no Brasil. No entanto, o espaço permanece aberto.
Considerações finais:
A Blockbuster, gigante das locadoras de filmes, não conseguiu se adaptar às mudanças do mercado e à ascensão do streaming, liderado pela Netflix. Após uma série de dificuldades financeiras e a falência em 2010, a marca foi decaindo também no Brasil.