O autor Euclydes Marinho sempre soube investigar e captar as angústias e os anseios femininos, desde as séries “Malu Mulher” (1979) até o quadro do “Fantástico”, “Eu que amo Tanto”, no ano passado. Nesta semana, ele estreou a série “Felizes para Sempre?”, que não foi diferente.
As personagens femininas são o carro-chefe da releitura de “Quem Ama Não Mata” (1982), do mesmo autor. A trama toma como ponto de partida a história de cinco casais e suas respectivas relações que, além da aparência de normalidade, escondem inquietudes e dilemas morais.
Como aponta o colunista Raphael Scire, o telespectador também sente essa inquietude à cada episódio, que abre mão de explicar tudo direitinho, deixando abertas diversas possibilidades de interpretação. A trama ainda desconstrói o ideal de felicidade, retratado pela ficção televisiva.
Nessa minissérie, os casais estão em crise e o romantismo fica em segundo plano, focando no desgaste dos relacionamentos que servem de combustível. É o caso da cena protagonizada por Marília (Maria Fernanda Cândido) e Claudio (Enrique Diaz), que estão em uma terapia de casal.
Ele confessa que ela é “travada”, e ela rebate perguntando as fantasias do marido. Ele então sugere a presença de uma outra mulher entre eles. Marília então aceita a proposta de ménage de Claudio, quando chega Denise/Danny Bond (Paolla Oliveira), uma garota de programa de alto nível.
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Ela vai circular pelos cinco casais da história. Tem também a presença de Adriana Esteves (Tania), em sua volta à TV depois da vilã Carminha, de “Avenida Brasil”(2012). A linguagem carrega um quê de despudor, completamente apropriada dentro do contexto das falas.
As cenas íntimas são encaradas como naturais, com a esposa com apetite sexual apagado (Tania), o sexo virtual de Suzana (Caroline Abras) e Buza (Rodrigo dos Santos), e ainda Norma (Selma Egrei), que já na terceira idade, deixa o marido “broxa” e se encanta por um homem mais novo.
Quanto aos homens, o destaque vai para João Miguel (Hugo) e Enrique Diaz (Claudio). A história fica aberta ao final de cada episódio, jogando com o público e o fazendo pensar e questionar o que foi exibido. A trama deixa de lado a direção cinematográfica e o texto assume o papel central.
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