“Foco na TV” | Nova temporada do “CQC” mira evolução, mas acerta decadência


(Foto: Divulgação)
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Quem ligou a TV ontem e na última segunda-feira (9) para acompanhar as edições inéditas da nova temporada do “CQC”, pode ter se surpreendido com o que viu, mas de uma forma negativa. Muita gente deve estar se perguntando: mas é essa mesmo a nova temporada do humorístico que tanto se falou e que passou por uma grande reformulação?

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Pois é, a nova temporada é essa mesmo. O fato é que está sendo incompreensível um programa ter mudado tanto em poucos meses (pelo menos o elenco), e ter se falado tanto em uma nova atitude para recuperar a audiência, só que na prática acabar voltando pior do que já estava. Pelo menos é essa a conclusão que pode se chegar ao acompanhar as duas primeiras edições do ano.

Os erros da nova temporada já começam pelo “novo” grafismo do programa. O design atual dá uma sensação de retrocesso, que não acompanha os tempos atuais, e isso também vale para o novo cenário do humorístico. O grafismo antigo da atração, também incluindo o cenário, era muito mais atrativo e harmonioso do que o atual. Faltou evolução até nesse quesito.

Erick Krominski
Erick Krominski

+ Os repórteres

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Aqui aconteceram talvez as grandes mudanças do programa. Saíram cinco repórteres (Guga Noblat, Oscar Filho, Felipe Andreoli, Naty Graciano e Ronald Rios) e entraram Juliano Dip e Erick Krominski. O novo time fica completo com os remanescentes Lucas Salles e Maurício Meirelles.

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O que podemos analisar nesse quesito para a nova temporada, é que as mudanças foram insignificantes, ou até equivocadas. Juliano Dip, que ficou responsável por comandar um dos quadros de maior sucesso do programa, o “Proteste Já”, decepciona, e ainda está longe de ter o mesmo desempenho de Oscar Filho. Até agora, o grande destaque entre os novos contratados está sendo Erick Krominski. O ruivo, que ficou famoso na internet, criou um estilo interessante e diferenciado para suas matérias, isso claro, com a ajuda da produção, mas independente disso, vem se destacando individualmente.

Dan Stulbach
Dan Stulbach

+ Dan Stulbach

O novo contratado do “CQC” chegou com a missão de tentar substituir Marcelo Tas, até então o grande líder do humorístico. O ex-apresentador conseguia comandar o programa com grande naturalidade, interagir de forma correta com os seus companheiros de bancada, e claro, utilizar uma dose de humor e irreverência que o programa pede. O fato é que Tas conseguiu essa proeza desde a estreia do humorístico em 2008, e não precisou de tempo para se adaptar ou se sentir mais a vontade a frente da atração. Em recente entrevista, Dan Stulbach pediu paciência ao público para procurar o seu melhor estilo a frente do “CQC”, o que se entende também como um tempo para se adaptar ao programa.

O que pôde ser visto nessas duas primeiras edições do humorístico, é que ao contrário de Tas, Stulbach não vem comandando o programa com muita naturalidade, e fica a impressão até de um certo deslocamento por parte do apresentador.

Comparações a parte, Stulbach ainda não mostrou a que veio no “CQC”. O ex-repórter do programa, Oscar Filho, chegou a declarar que não consegue ver o ator comandando o humorístico. Vamos aguardar um pouco mais para não tirar conclusões precipitadas sobre o apresentador, mas desde já, é bom prestar atenção no seu desempenho e na sua evolução para ter certeza de que ele realmente é a “cara” do “CQC”.

Luiz Bacci no "CQteste"
Luiz Bacci no “CQteste”

+ Novos quadros

Os novos quadros do “CQC” também vêm decepcionando e tem grande peso para se chegar a conclusão de que o programa está em decadência. Destaco aqui, o quadro “CQteste”, que acredite ou não, foi resgatado para a nova temporada, e já havia conseguido êxito em suas edições anteriores. O problema, é que o quadro, que é uma espécie de quiz com famosos, tem regras muito complexas, que chega a confundir o próprio Rafael Cortez, que o comanda. Na volta do quadro, o próprio convidado, Luiz Bacci, criticou de uma forma bem humorada a falta de organização da brincadeira. Claro que muitas vezes, essa piada com a desorganização serve como um elemento para divertir o público em programas humorísticos, mas nesse caso, foi visto realmente como um erro grotesco.

O “CQC” é um dos programas mais criativos da TV brasileira, principalmente quando o assunto são quadros. No entanto, as atrações da atual temporada do humorístico vêm sendo contraditórias a isso. O fato é que alguns quadros atuais precisam de ajustes e outros de substituição.

Pouco tempo antes de deixar o “CQC”, Marcelo Tas afirmou que a TV brasileira precisa se reinventar. Essa frase vale principalmente para o humorístico da Band. O irônico é que a ideia da nova temporada era justamente essa, se reinventar, mas na verdade o que estamos percebendo é um processo de decadência. A intenção da produção pode até ser se reinventar, evoluir, mas estão fazendo isso de forma errada, e seguindo exatamente o caminho inverso. E se na TV ainda existir a regra de que audiência é sinônimo de qualidade, o “CQC” já sabe qual é o seu grande problema.

Contato: foconatv@pop.com.br

As opiniões aqui retratadas não refletem necessariamente a posição do TV FOCO e são de total responsabilidade de seu idealizador.

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