“Não temos condições financeiras”: Globo confirma falência de varejistas de lojas tradicionais de SP

Jornal da Globo confirma falência de várias estabelecimentos em São Paulo

Uma falência é sempre triste para quem perde tudo e para os clientes dos empreendimentos que gostavam de fazer negócios com determinado estabelecimento. Agora, imagina várias falências de lojas de uma vez. Jornal da Globo trouxe uma informação sobre encerramento de lojas.

Conforme informações do G1, esses empreendimentos não fecharam por dívidas, má administração ou outros motivos bem comuns no histórico de quem decreta falência e sim por conta de arrastões.

Está surpreso com isso? Então entenda o que ocorreu. Em reportagem divulgada no dia 30 de janeiro desse ano, o G1, portal de notícias da Globo, lojas da Rua Santa Ifigênia, no Centro de São Paulo, foram alvo de ao menos três arrastões do fluxo da Cracolândia desde novembro do ano passado.

Isso levou alguns comerciantes locais a falência, já que manter o empreendimento se tornou insustentável na região. O local é inseguro e ainda sofreu com queda de clientes. Isso fez com que comerciantes abandonassem seus pontos e fossem embora.

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Isso faz com que a rua, que já foi conhecida como o maior ponto de comércio de eletroeletrônicos do país, vai ficando com cara de abandono, segundo os comerciantes.

O QUE OS COMERCIANTES DENUNCIAM?

Um comerciante que não se identificou, conversou com a reportagem da Globo, e falou que perdeu tanto movimento, que não consegue mais alugar o imóvel e pagar o IPTU.

“Não estou aguentando porque eu tenho que pagar o imposto caríssimo. Eu pago R$ 5,6 mil de imposto por mês. IPTU, infelizmente, é isso. Não tive benefício [isenção] ainda.”, disse ele fazendo referência e isenção de IPTUque a prefeitura tem dado a alguns comerciantes devido à situação no local.

Outro comerciante contou que sua loja vai fechar e que não há outra solução. “A loja está sendo encerrada. A porta está fechada e não temos mais condições financeiras para continuar. Levaram mais de R$ 300 mil da loja. A gente já vem sofrendo, há vários anos, não é de agora… E o poder público promete e nada acontece. Estamos à mercê da nossa sorte”, disse José Carlos de Souza a Globo. Sua loja de eletrônicos foi uma das saqueadas no arrastão.