Globo ergue 4 mil metros² em galpões para cidade cenográfica de Deus Salve o Rei


Amália (Marina Ruy Barbosa) e Afonso (Romulo Estrela) em Deus Salve o Rei (Foto: Globo/ Rafael Campos)
Amália (Marina Ruy Barbosa) e Afonso (Romulo Estrela) em Deus Salve o Rei (Foto: Globo/ Rafael Campos)
Amália (Marina Ruy Barbosa) e Afonso (Romulo Estrela) em Deus Salve o Rei
(Foto: Globo/ Rafael Campos)

A Globo ergueu 4 mil metros² em galpões para abrigar a cidade cenográfica da nova novela das sete, Deus Salve o Rei, que foi construída com os elementos medievais após seis meses de pesquisa.

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Deus Salve o Rei está sendo gravada em uma cidade cenográfica totalmente indoor nos Estúdios Globo. São dois galpões, cada um com mais de 2.000 metros quadrados. No primeiro, foi montado o reino de Montemor, com castelo e cidade fictícia. No segundo, o reino de Artena e uma grande área de chroma para as cenas que envolvem efeitos visuais, floresta e as sequências de batalhas da trama.

A construção dos dois galpões levou cerca de dez dias. “Uma cidade cenográfica totalmente indoor é um projeto antigo e que vai facilitar muito, sobretudo em relação às condições climáticas e às correções de luz, e que também vai possibilitar a utilização de materiais como o barro, por exemplo”, explica o cenógrafo Keller Veiga. São cerca de 6 mil metros quadrados de lona translúcida que fazem a cobertura dos galpões. “Esta cobertura serve como um grande rebatedor de luz e dá o tom ideal para a identidade visual da novela. Cortinas pretas também fazem o controle da luminosidade”, completa.

Entre carruagens, espadas e banquetes
O trabalho de pesquisa para a produção de arte de Deus Salve o Rei levou cerca de seis meses e, segundo a produtora Nininha Médicis, foi preciso confeccionar boa parte das peças, desde as carruagens até as cerâmicas e copos, além das comidas, animais de caça e livros que compõem a decoração dos ambientes do cenário.

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Os objetos de luta, como espadas, machados, arcos e flechas, foram comprados na Espanha e em Portugal. Já os escudos e lanças foram produzidos em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. “Além das espadas de verdade, estamos fazendo outras peças para as cenas com cavalos e de luta, de poliuretano e polipropileno, que podem quebrar sem machucar”, conta.

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Grandes banquetes são uma característica marcante do período medieval. Por isso, quase todos os ambientes dos núcleos nobres serão recheados por elementos que compõe este tipo cenário. São centenas de copos, canecas e pratos dos mais diversos materiais – barro, madeira, estanho, pedra sabão e osso. Nas cozinhas dos castelos, ganham destaque os panelões de ferro, as cestarias, os animais de caça como javali, coelho e codornas.

Bandeiras, mapas, iluminuras, quadros e pinturas também estarão presentes. “Criamos as bandeiras dos dois reinos, porque era uma forma de identificação na época. Os quadros que decoram os ambientes são inspirados em obras já existentes e produzidas manualmente”, detalha Nininha, reforçando que Deus Salve o Rei é uma obra com licença poética capaz de criar seus próprios códigos e hábitos. “Criamos nossos próprios protocolos, já que não vamos seguir uma regra de comportamento, como formas específicas de se portar à mesa ou de cumprimentar”, exemplifica.

Cabelos e mais cabelos
“Deus Salve o Rei é a novela dos cabelos”, brinca a caracterizadora Gilvete Santos, ao definir o conceito de seu trabalho para o projeto. Embora tenha liberdade artística para trabalhar com visuais que normalmente não teriam destaque no período medieval, Gil optou por ter como base muito cabelo – para homens e mulheres – e barba. “Desta forma ganho liberdade para fazer visuais e penteados distintos em todos os personagens. Só para a Amália (Marina Ruy Barbosa) tenho seis tipos de trança diferentes”, conta. Quase todos os personagens usam tic tac ou mega hair, que variam de 70 a 80cm. “Enquanto a Catarina usa o cabelo mais solto, a rainha Crisélia tem um visual com um coque mais solto”, adianta.

Os personagens de Johnny Massaro e Romulo Estrela também ganharam apliques, mas se diferenciam no penteado, cor e textura. Rodolfo sempre tem um visual mais despojado e até meio desarrumado, como é o próprio personagem. Já o português José Fidalgo ganhou um trançado com dread, além de uma barba diferenciada. A exceção fica com rei Augusto. Marco Nanini usa o próprio cabelo no tom grisalho para a composição do rei de Artena.

Enquanto os cabelos são sempre em excesso, a maquiagem segue justamente o caminho inverso. A intenção da caracterização é usar o menos possível de maquiagem, apenas como correção. “Os personagens vão parecer que estão de cara lavada”, avisa. As princesas e rainhas, claro, ganham um pouco mais de cor, cada uma com seu jeito.

Gilvete chegou neste desenho depois de conversar com todos os departamentos da novela e ver diversos filmes. Ela montou uma prancha de referências e a sintonia foi tamanha, que os “modelos” escolhidos por ela e pelo figurino foram praticamente os mesmos.

As paletas de Artena e Montemor
A produção de figurino envolveu um grande trabalho de pesquisa da figurinista Mariana Sued e sua equipe. “Foram cinco meses de pesquisa. Foi necessário, é claro, entender a época, apesar de sabermos que não é uma reconstrução histórica. E procurei também diversas outras fontes de inspiração para formar a identidade visual das personagens e, assim, ajudar a contar a nossa trama”, explica Mariana, que detalha que buscou referências que vão desde as artes plásticas até a moda contemporânea. “Temos em torno de 5 mil peças. Para chegar ao resultado final, fiz uma pesquisa com mais de 12 mil imagens de muitas fontes diferentes: livros, museus, editoriais de moda, filmes, séries, entre outros”, enumera.

Para diferenciar os reinos de Artena e Montemor, a direção artística optou por marcar com cores distintas a identidade visual de cada um. Os habitantes de Artena, como Amália (Marina Ruy Barbosa) e rei Augusto (Marco Nanini) usam tons mais frios, puxando pelo azul, violeta, cinza e prata. Já os habitantes de Montemor têm uma paleta com vários tons de vermelho, marrons, verdes e dourado. “Estamos usando as cores para ajudar a criar um clima diferente para cada reino”, explica a figurinista, destacando que “a maior parte das peças está sendo produzida nos Estúdios Globo com equipes de costura e adereços, que se dedicam não só à confecção, como também ao tingimento, envelhecimento e composição de acessórios em couro e bijuteria”.

Para a princesa Catarina (Bruna Marquezine), foi pensado um figurino com linhas mais retas, além de decotes e fendas. “Nos inspiramos em cores de pedras preciosas, como pirita, silício, ametista. Os acessórios de mão e colares também são parte muito importante do visual dela”, adianta. Já a plebeia Amália é bem clássica, com roupas compostas por corsets, saias rodadas e aventais. “As de Amália são com cores bem intensas e com acabamentos mais rústicos. Os acessórios também são mais rudimentares”, detalha a figurinista.

No caso de Afonso (Romulo Estrela), há dois momentos. Primeiro, como príncipe e, depois, plebeu. “O de príncipe é bem sóbrio, com pouca variação. Quase militar. Ele vai usar muita lona e couro em preto e vinho, que são cores de Montemor. Quando vira plebeu, ele até mantém as cores de Montemor, mas passa a usar muito marrom em tecidos mais rústicos”, diferencia Mariana.

Com estreia marcada para a próxima terça-feira, dia 09 de janeiro, Deus Salve o Rei é escrita por Daniel Adjafre, com direção artística de Fabricio Mamberti.

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