Home » Colunas » Especiais » Globo consegue “roubar” fenômeno que tanto desejava da Record e sucesso é confirmado

A protagonista, porém, vive problemas com a mãe e o marido, Carlão (Che Moais), que não aceitam que a mulher dance músicas consideradas machistas e exponha seu corpo para outras pessoas. O maior conflito da dançarina é continuar fazendo o trabalho, sem corromper a própria fé e se mantendo firme na religião.

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A história é perfeita, já que mostra não apenas os conflitos externos, mas também os internos, principalmente pelo fato da família não apoiar Sol. Enquanto tudo isso acontece, o folhetim faz visitas ao passado da vendedora de quentinhas, que se apaixonou por Benjamin (Samuel de Assis), mas foi enganada por Theo (Emílio Dantas).

A mocinha, ao longo dos últimos 20 primeiros capítulos, vive uma jornada entre lembranças do passado e a expectativa para reencontrar essas pessoas do passado. Como se já não bastasse tudo isso, a protagonista se torna o grande amor da vida do mulherengo Lui Lorenzo.

São muitos elementos que estão presentes em outras novelas de sucesso, mas que eram necessários serem rebuscados em um momento como esse, em que a Globo enfrenta uma enxurrada de críticas com suas novelas. O fracasso de “Travessia” e de “Cara e Coragem” ao mesmo tempo fez com que a emissora buscasse um nome imbatível para escrever uma nova novela.

APELO COM O PÚBLICO JOVEM

Outro pronto positivo é que “Vai Na Fé” agrada também jovens, já que possui uma faculdade com vários alunos que movimentam a trama. Alguns dos destaques vão para Jenifer (Bella Campos), Yuri (Jean Paulo Campos), Guiga (Mel Maia) e Fred (Henrique Barreira).

Existe, porém, um detalhe muito importante sobre a história da novela que tem a ver com a igreja evangélica. A família principal inteira segue a religião na trama. O conservadorismo dos personagens é retratado de uma forma poética, mas que reflete muito bem o que acontece na vida real.

Ainda assim, a abordagem que Rosane Svartman traz à tela é muito respeitosa, e não parece desrespeitar os evangélicos de forma nenhuma.

O que se pode dizer sobre esses comportamentos do pai, mãe e filha mais nova de Sol em relação às decisões da mãe, podem revelar a hipocrisia na sociedade perante a fé, por isso a novela é, além de leve e fácil de digerir, muito importante para apresentar assuntos interessantes.

NOVELA EVANGÉLICA?

Desde que começou a ser anunciada pela Globo, “Vai Na Fé” foi considerada pela imprensa uma novela evangélica no canal. A autora rebateu esse título durante a coletiva de imprensa que aconteceu no Rio de Janeiro, na semana anterior à estreia, em janeiro.

Dona de grandes sucessos da faixa das 19h, a escritora declarou: “Tanto Elisa (Marina Ruy Barbosa, “Totalmente Demais”, 2015) como Paloma (Grazi Massafera, “Bom Sucesso”, 2019) eram mulheres de fé. A Paloma conversava com uma santa, se confessava com um padre, frequentava a igreja e não foi considerada uma novela religiosa”.

Apesar das comparações no início, não existem semelhanças entre a novela das 19h e as novelas bíblicas da Record, que retratam histórias das escrituras religiosas da igreja cristã. O folhetim da Globo mostra a vida real como ela é.

As inúmeras viagens que a novela faz entre passado e presente também ajudam na construção da história. Lumiar (Carolina Dieckmann) e Ben parecem viver um casamento morno, sem muitas emoções, e que demonstram cada vez mais terem diferenças. Nesta semana, o advogado reencontrou Sol, seu grande amor do passado.

As expectativas para a morte de Carlão, que acontecerá na semana que vem, também promete movimentar muito o folhetim, já que comprovará que Jenifer não é filha do motorista. A história vai mostrando cada vez mais elementos que prenderão os telespectadores nos próximos meses.

ALTOS NÚMEROS DE AUDIÊNCIA

Prova disso é o aumento considerável de audiência nesta semana. Na segunda-feira (6), o folhetim atingiu 24 pontos nos dados consolidados, maior que “O Rei do Gado”, do “Vale a Pena Ver de Novo”, que marcou 19 pontos. O “BBB23”, que amarga sua pior temporada de todos os tempos, registrou apenas 19 pontos em pleno dia de “Jogo da Discórdia”.

O reencontro entre Sol e Ben que aconteceu na noite de ontem já registrou um novo recorde da trama, com 25 pontos. O dia também marcou recordes de outras tramas como “Travessia”, que chegou aos 26 pontos, sendo o maior número desde sua estreia, em outubro. O folhetim de Glória Perez tem sofrido para crescer em audiência.

As expectativas para “Vai Na Fé” são as maiores. Já dá para criar várias expectativas para os personagens principais, como um possível reencontro entre Lumiar e Lui Lorenzo, que são irmãos biológicos, mas não se encontram desde a infância, além de descobrir qual foi o tipo de envolvimento que Sol e Theo tiveram na juventude.

Nas redes sociais, já é possível encontrar comentários do público pedindo uma reviravolta na vida de Clara (Regiane Alves) contra Theo, que é um marido machista e agressivo. O vilão tem todos os traços de covardia e maldade, sem perder aquele charme dos antagonistas das novelas de Rosane Svartman. São muitos fatores que podem elevar a faixa até maio, quando chegará ao fim.

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