A jornalista e apresentadora Glória Maria conversou com o jornal O Globo e falou sobre a criação das filhas, Maria, de 10 anos, e Laura, de 09. Com a tecnologia tomando conta de todo o mundo, Glória revelou como funciona o uso dos aparelhos eletrônicos em sua casa.
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“Meu bem, tablet só em casa, e com horário. Depois que chega em casa, a Maria pode usar o telefone durante meia hora para falar com as amigas. O aparelho dela é ligado ao meu. Por exemplo, eu a deixei fazer um Instagram. Ela tem 20 seguidores, que são os padrinhos, as madrinhas, as tias, as amigas da escola, e eu controlo todo mundo que ela segue. Elas ainda não têm acesso ao YouTube normal, só o Kids. E, quando querem assistir a alguma coisa, veem no meu telefone. No delas é proibido”, contou.
Integrante do Globo Repórter, Glória ainda disse está tranquila quanto a adoção delas. “A gente já conversou sobre isso. Elas têm um apoio terapêutico e, desde pequenininhas, sabem que saíram do meu coração. A nossa ligação é baseada na verdade”, afirmou ela, que também disse detestar quando chamam as garotas de adotadas em títulos de notícias.
“Eu tenho horror. Porque elas não são mais minhas filhas adotivas. Na certidão de nascimento, assim como tem escrito na dos filhos biológicos, não se lê “filha adotiva”. Recuso milhões de convites para fazer campanhas sobre adoção. Porque acho que isso é uma coisa de cada pessoa. O que que eu vou dizer para você? “Adota, que é maravilhoso?” E se não for maravilhoso para você, da maneira como foi para mim? A minha contribuição para o tema é o meu exemplo, e eu não quero ficar bancando a boazinha, porque adotar não faz de ninguém uma pessoa boazinha. É uma relação de amor e pronto. E você não tem que ficar dando satisfação para ninguém a respeito do amor”, contou.
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A jornalista ainda rebateu e garantiu que na casa dela não há nenhum tipo de preconceito. “É um falatório, um trololó sem fim, com quase nenhuma aplicação prática. Dentro das casas, continua a segregação. A tolerância é só da porta para fora. A melhor amiga da Laura é a Maria Fernanda, uma menina que tem Down, sem a qual ela não vive. Minhas filhas são amigas dos filhos das babás, do meu motorista, dos porteiros do prédio, dos artistas, dos profissionais liberais. Elas são crianças que têm o olhar para tudo”, disse.
Segundo Gloria, a criação das filhas também foi diferente da dela. “Até cinco, seis anos, elas assistiam ao Quebra-Nozes no Municipal, viajavam comigo para Nova Iorque para ver os musicais infantis e só ouviam música clássica. Até o dia em que, por acaso, no rádio do carro, elas ouviram Anitta, com o Show das Poderosas. E viraram as maiores fãs da Anitta”, revelou.
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