Era um 29 de Abril de 2005, exatos 13 anos atrás, quando a Record TV exibiu o último capítulo de A Escrava Isaura. A novela inspirada no romance de Bernardo Guimarães não era um remake da novela escrita por Gilberto Braga para TV Globo em 1976, mas a direção era do mesmo Herval Rossano da novela da Globo.
Quem assinou a trama da Record, foi Tiago Santiago, o mesmo de os Mutantes. A novela marcava o retorno da emissora dos Bispos a teledramaturgia. Com ares de superprodução, com custo de 250 mil reais por capítulo, trazia imagens com qualidade de cinema, uma marca que a TV queria impor nos seus produtos de dramaturgia.
A novela foi um sucesso comercial e de audiência, com números entre 19 e 23 pontos no ibope. Dos 100 capítulos previstos inicialmente, o folhetim foi esticado até o capitulo 167. Além do mesmo diretor, a trama trazia gravuras de Debret na abertura como na novela de 1976, a música tema, o famoso “lere-lerê” de Dorival Caymmi e Jorge Amado também estava de volta.
Entre os atores estavam de volta Rubens de Falco, o Leôncio da trama original, desta vez dava vida ao pai do personagem, ele viveu Comendador Almeida, e Norma Blum que desta vez era Gertrudes, em vez de Malvina, que ficou para Maria Ribeiro.
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Inicialmente a emissora queria Mel Lisboa ou Cléo Pires como Isaura, e o mocinho seria de Henri Castelli, mas as negociações não avançaram. Bianca Rinaldi, como a Isaura, e Theo Becker, como o mocinho Álvaro, viveram talvez os principais papéis de suas carreiras. Ela foi alçada a estrela maior da emissora, onde permaneceu contratada por mais de uma década. Ele também continuou com contrato, teve papéis de menor destaque, até chamar a atenção novamente em A Fazenda. Uma curiosidade do casal de protagonistas, é que dois já haviam trabalhado com Xuxa, nos tempo da Globo. Em fases diferentes ela foi uma das Paquitas da apresentadora, e ele Papaquito.
A Escrava Isaura da Record, já foi reprisada três vezes na emissora. Na primeira, sete meses depois da primeira exibição, ganhou um final diferente. O assassino do Leôncio de Leonardo Pacheco foi a Rosa de Patrícia França, em vez do Belchior de Ewerton de Castro. A trama foi exibida ainda no canal Fox Life, da TV a cabo em 2014. Para o telespectadores, foi a melhor novela da Record dos últimos tempos, é sempre lembrada com carinho, e é um das tramas mais vendidas da emissora até hoje. Já foi exibida em mais de 100 países.
Foi em 29 Abril também, que acabou o programa Megatom de Tom Calvante na Tv Globo. Era 2001, quando o humorista se despediu dos telespectadores. Incialmente idealizado para os Sábados à noite, a atração era exibida aos domingos, antes do Faustão. Reunia personagens famosos do Tom, numa mistura de esquetes, entrevistas e musicais. Com o cancelamento do projeto, Tom Cavalcante acabou indo para Record, onde permaneceu até 2011. O caso na época foi tratado com uma traição do artista por alguns diretores do canal global. Atualmente Tom faz parte do elenco do Multishow, canal do Grupo Globo.
Por Alex Sampaio. Siga no Instagram, clicando aqui.
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