O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi o convidado da série ‘Presidenciáveis’ do ‘Mariana Godoy Entrevista’ na noite desta sexta-feira (27). Durante o programa, ele falou de sua possível candidatura nas eleições de 2018 e comentou sobre as privatizações das empresas brasileiras. “A China não está comprando no Brasil, ela está comprando o Brasil. Você não está privatizando as estatais, você está estatizando para os chineses. Abre-se um projeto para a entrada de engenheiros aqui no mercado de trabalho do Brasil, mesmo tendo aí dezenas de milhares de engenheiros desempregados. Ou seja, no futuro, o brasileiro vai exercer funções modestas na empresa. A China está comprando nosso subsolo, está comprando o Brasil. As empresas brasileiras estão sendo estatizadas pelos chineses”, comentou.
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Embora envolvido em polêmicas por declarações voltadas à comunidade LGBT, Bolsonaro afirmou que os homossexuais estão a seu favor: “A maioria dos gays é simpática a mim; e vota em mim. Quem não tem um parente, um amigo [homossexual]. Todo dia recebo mensagens no meu WhatsApp falando: ‘Sou gay e estou contigo’. Não adianta você ser hétero ou gay, você não vai ser feliz nunca se não tiver emprego, uma economia ajustada e não tiver como conviver pacificamente no Brasil”.
Considerado de extrema direita, ele negou ser um representante desta e ainda comentou: “Neonazistas não vão encontrar eco em mim com as propostas deles de jeito nenhum”. Depois de uma visita ao Museu do Holocausto em Israel recentemente, o deputado ainda relembrou a emoção que sentiu ao “ver o que aconteceu de verdade” e comparou o Hitler ao governo do PT. “Hitler desarmou os judeus antes de partir para uma ditadura e o governo do PT também desarmou o povo brasileiro. A Venezuela também fez isso com seu povo em 2014 e olha o que está acontecendo lá. Sou pró-armas, não quero jamais falar em ditadura”, comentou o defensor do torturador Ustra. Ainda sobre isso, desabafou sobre o governo Lula: “Não quero Lula preso, quero Lula julgado. Nossa justiça não pode continuar sendo tão morosa como é”.
Enaltecendo a legislação dos Estados Unidos, Bolsonaro criticou “a política de direitos humanos no Brasil, voltada para defender bandidos” e destacou a importância de se adotar uma outra conduta. “O que a Polícia, tanto Militar quanto Civil, tem que ter é o excludente de ilicitude. Em operação, havendo reação, ela tem o direito de matar. Se matar, com dois, três ou vinte tiros, ela responde, mas não há punição. Enquanto não dermos essa carta branca para o policial atirar para matar, não teremos como reduzir a violência no Brasil. O ser humano só respeita o que teme”.
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