A TV viveu uma semana marcada por estreias e também por polêmicas, que envolviam tais estreias ou não. Escrevi uma breve análise sobre cada uma delas. Primeiro, seguindo a ordem cronológica, a Record estreou no último domingo (14), a 7ª edição de seu maior reality show, “A Fazenda”. Com Britto Jr. no comando, o reality rural falhou ao se estender no suspense clássico de chegada de carro e apresentação dos peões, principalmente tendo em vista que a lista dos participantes já havia sido divulgada (em geral, novamente subcelebridades), bem como errou em se estender na exibição da primeira prova realizada, mostrando vagarosamente o desempenho de cada peão. Como ponto positivo, destaco o inovador “acampamento”, lugar onde os participantes ficaram antes de irem para a casa grande. No mais, sem maiores surpresas, uma estreia mediana.
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A Globo foi a emissora que teve o maior número de estreias, foram três. Na terça-feira (16), estreou “S… e as Negas”, nova série com direção de Miguel Falabella que antes mesmo de ir ao ar já era alvo de críticas, sendo motivo para taxarem a Globo de racista. Assim como as outras produções de Falabella, a ousadia é a maior qualidade da série, que tem como protagonistas atrizes desconhecidas do grande público: Karin Hils, Corina Sabbas, Maria Bia e Lilian Valeska. Vale aqui destacar a volta de Cláudia Jimenez à TV, excelente atriz que enfrentou momentos delicados com relação a sua saúde. Na tentativa de combater as críticas, Falabella afirmou em entrevista ao “Encontro” de Fátima que “não é uma série de humor, é de amor e que […] é uma homenagem às mulheres negras”. A série tem uma boa história, promete crescer.
Na quinta-feira (18), “The Voice Brasil” retornou à tela da Globo para sua 3ª temporada. Mantendo o apresentador Tiago Leifert e o quadro de jurados composto por Claudia Leitte, Lulu, Daniel e Carlinhos Brown, a única novidade nesse quesito foi a estreia de Fernanda Souza no reality. Assim como nas outras edições, o primeiro programa iniciou a maratona das audições às cegas, mostrando a história de vida e profissional dos participantes. Teve como maiores destaques a participação bem sucedida da drag queen Deena Love, cortina ocultando participantes e muita dramatização, como de praxe, dos jurados no momento de conquistar as vozes para seus times.
Ontem (19) outra série estreou na Globo. De Glória Perez, com direção de Mauro Mendonça Filho, “Dupla Identidade” talvez seja a maior surpresa positiva entre todas as estreias da semana. As chamadas já prometiam e o primeiro episódio cumpriu com maestria a qualidade da nova série. Com o protagonista Bruno Gagliasso (novamente de parabéns pelo trabalho) dando vida a um serial killer, Edu, a série iniciou bem; com uma história envolvente, ótimas atuações, com fotografia e cenografia que enchem os olhos, trilha sonora muito adequada e uma abertura incomum e bem produzida. Que os outros 12 episódios também cumpram o prometido.
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