Em entrevista ao site do autor Aguinaldo Silva, a jornalista e atriz Marília Gabriela falou um pouco sobre sua vida profissional. Atualmente ela apresenta um talk-show no GNT.
Questionada se mudaria dos programas de entrevistas para um jornalismo investigativo, ela respondeu: “Já fui repórter de rua, na linguagem da televisão, correspondente no exterior, já tive um programa com convidados e platéia, e era aquela que cobria de entrevistas com governadores e prefeitos a “presunto” do Esquadrão da Morte (lembra desse triste tempo, meu amigo?!) e plantão em delegacia de polícia. Cheguei a freqüentar o analista (o magnífico Bigode, o Roberto Freire de tantas histórias) para aprender que em tempos de censura que tem que censurar é quem se atreve, e precisa, ou acredita, não quem trabalha tentando contar a verdade. De qualquer forma, depois da descoberta do estúdio e a necessidade de respostas mais concretas, além da convicção de que bons depoimentos precisam de tempo para driblar o nervosismo, ultrapassar o estranhamento diante do entrevistador e do veículo, e adquirir a confiança que vai permitir a revelação, não senti mais falta da aventura investigativa. Meu negócio hoje em dia é mais com idéias e sentimentos do que propriamente com atualidades”, disse.
Em escolher entre novela, minissérie ou seriado, a artista foi enfática. “Ah, mestre,os três, com preferência pela minissérie que já chega com princípio meio e fim e dá para elaborar uma personagem completamente, sem o susto das reviravoltas das novelas. Que, por outro lado, exercitam um bocado a capacidade de improviso e de “salve-se quem puder” do ator. Agora, seriado, eu que sou viciada na modalidade como expectadora, é sonho de consumo: tempo pra ensaiar, trabalhar alguns dias por semana, ter emprego fixo e ainda conviver de fato com um grupo com vocação semelhante à sua, isso é um luxo”, afirmou.
Em Tempo:
Marília Gabriela resolveu abrir o jogo em relação ao falecido Clodovil Hernandes. Ambos trabalharam juntos durante o período em que apresentaram o “TV Mulher” na Globo na década de 1980.
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“Tive problemas na época com o Clodovil. Foi terrível, uma inimizade terrível. Ele era despudorado, tentava derrubar o âncora no ar mesmo. Eu saía, dizia que não ia mais fazer o programa. Não havia esse tipo de necessidade. Eram vários egos ali”, afirmou a artista em entrevista ao site do autor Aguinaldo Silva.
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