A IBAP, montadora responsável pela confecção do Democrata, fechou as portas após enfrentar uma série de escândalos
Desenvolvido apenas no Brasil e com poucas unidades comercializadas, o Democrata foi um carro que gerou inúmeras polêmicas, mas que chamou atenção por seu design em plenos anos 1960. A montadora, contudo, fechou suas portas rapidamente, sem conseguir se consolidar no mercado brasileiro.
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A Indústria Brasileira de Automóveis Presidente (IBAP) foi uma montadora localizada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e criada por Nelson Fernandes, em 1963. O empresário tinha o sonho de criar um carro totalmente nacional, mas não até onde levou seu projeto, os planos foram por água abaixo.
A princípio, os 120 funcionários da montadora teriam benefícios como título de propriedade da IBAP, além de participação na diretoria, desconto na compra do carro e preferência para se tornarem revendedores. Os planos, entretanto, começaram a ruir em pouco tempo.
De acordo com reportagem da Quatro Rodas, críticos começaram a questionar a visibilidade do projeto, já que naquela época, carrocerias de fibra de vidro eram mais comuns em veículos esportivos, não em carros fabricados em larga escala, como o Democrata.
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Depois, um navio cargueiro com peças de componentes mecânicos italianos foi interceptado, sob suspeita de contrabando. A imprensa começou a fazer uma propaganda negativa em cima da IBAP e de Nelson Fernandes, que não conseguia de jeito nenhum reverter essa impressão.
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MAIS ESCÂNDALOS
Uma CPI para averiguar se a empresa estava dando golpe nos investidores foi instalada em junho de 1966, o que acabou fazendo com que compradores desistissem do investimento. Após uma vistoria do Banco Central na fábrica, um laudo sugeriu que não havia profissionais gabaritados para a produção do Democrata.
Nelson Fernandes respondeu a um processo por “coleta irregular da poupança popular sob falsa alegação de construir uma fábrica de automóveis”. A IBAP, por sua vez, fechou dois anos depois. Atualmente, somente peças e alguns protótipos sobraram na fábrica de São Bernardo do Campo.
DONO DA MONTADORA CONSEGUIU PROVAR INOCÊNCIA?
O dono da empresa ganhou a inocência duas décadas depois, quando não havia mais como contornar a situação. Ele culpou a imprensa pela campanha suja contra o projeto. “Por influência de empresários de São Bernardo do Campo, que teriam prometido pressões contra a IBAP como nem o ex-presidente Jânio Quadros conhecera”, declarou.
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