A farmácia tradicional teve um fim escandaloso decretado após anos de mercado
Nos últimos tempos, o setor farmacêutico entrou em ascensão e abriu muitas portas no mercado, fato esse que garantiu o sucesso de novos negócios. Porém, como nem tudo são flores, houve empresas que ficaram estagnadas no tempo e precisaram fechar as portas definitivamente.
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Mas, o caso de uma rede de farmácia em especial, virou um escândalo mundial e chegou a se transformar em série da Netflix. A grande realidade por trás do OxyContin, um dos medicamentos mais perigosos do mundo, é bastante simples.
Na minissérie “Império da Dor”, é explorado a origem da crise de saúde pública nos Estados Unidos, que trouxe fortuna para a família Sackler, com o OxyContin (à base de oxicodona).
O medicamento da família da morfina e heroína, não apenas alivia a dor física, mas também proporciona uma sensação de euforia, o que explica a receita de aproximadamente US$ 35 bilhões gerada até 2016.
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Segundo o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), mais de 300 mil pessoas morreram de overdose por analgésicos como o OxyContin nas últimas duas décadas nos EUA.
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Vale lembrar que foi com o lançamento do OxyContin em 1995 que a farmácia dos Sacklers, a Purdue Pharma, se tornou uma grande companhia farmacêutica. A empresa teria influenciado médicos a prescreverem um analgésico de uso geral com o dobro da potência da morfina.
Como retratado na produção, o potencial viciante do medicamento foi constantemente minimizado, com a sugestão de que o abuso poderia ser controlado com supervisão médica. A Purdue também promoveu o produto com campanhas de marketing, apresentando-o como um tratamento eficaz, de longa duração e seguro para a dor.
Dessa forma, a Purdue começou a vender o OxyContin como um produto comum, como uma revista por assinatura, como diz uma personagem da minissérie, interpretada por Uzo Aduba, Edie Flowers, uma das advogadas que trabalham para o procurador dos EUA John Brownlee (Tyler Ritter), encarregado de investigar o novo medicamento.
A série de seis episódios, comandada pelos showrunners Micah Fitzerman-Blue e Noah Harpster, aborda desde o sucesso inicial até a queda da Purdue Pharma. Para proteger sua fortuna e evitar processos judiciais, a empresa pediu falência em 2019 e pagou uma multa de US$ 4,5 bilhões em troca de imunidade em mais de 3 mil queixas criminais.
A minissérie também apresenta perspectivas das vítimas do medicamento, bem como dos representantes da empresa e dos advogados que perseguiram a Purdue. O personagem central é Glen Kryger, interpretado por Taylor Kitsch, um pequeno empresário que se torna viciado em OxyContin após um acidente de trabalho.
Quando Império da Dor estreou?
A minissérie da Netflix estreou na plataforma de streaming no último dia (10) de agosto de 2023.
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