Parte do Ministério Público Federal (MPF) está de olhos voltados para algumas emissoras de televisão. O órgão está apurando possíveis irregularidades na venda de horário para igrejas, que ocupam boa parte da programação de alguns canais.
De acordo com informações do jornal O Globo, um estudo da Agência Nacional do Cinema (Ancine) mostra que o caso mais expressivo é o da CNT. O canal tem mais de 90% de sua programação ocupada por programas da Igreja Universal do Reino de Deus.
“É o desvirtuamento de um serviço público concedido pela União. E dá para equiparar essa transferência a um espaço publicitário, porque a emissora é remunerada por isso”, afirma o procurador da República, Pedro Machado, à frente do processo.
“Na praça, qualquer um pode pregar, mas na TV, que também é um espaço público, só quem paga pode fazer a pregação. Só as igrejas mais poderosas e com mais dinheiro podem financiar isso”, ressalta o procurador Sérgio Suiama.
Vale lembrar que, analisando o caso da CNT, o Ministério das Comunicações afirmou não ver irregularidades nos contratos.
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