Nino do Castelo Rá-Tim-Bum surge pelado, é barrado, e se revolta: “Ignorância”
23/11/2018 às 16h12
Por: Lucas Medeiros
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Nino do Castelo Rá-Tim-Bum (Foto: Reprodução)
Cassio Scapin foi o Nino do Castelo Rá-Tim-Bum (Foto: Reprodução)
Famoso pelo personagem Nino no Castelo Rá-Tim-Bum há mais de vinte anos, o ator Cassio Scapin surpreendeu a todos ao publicar uma foto polêmica, na qual ele aparecia pelado na peça ‘Pantaleão e as Visitadoras’, de 1990, mesma época que o seriado da TV Cultura havia sido produzido.
No entanto, diante das partes íntimas à mostra, ele acabou sendo barrado na rede social, que se prontificou em apagar imediatamente a imagem. Revoltado com a situação, o ator fez um desabafo, dizendo que trata-se de uma ignorância sem tamanho por parte da empresa de fotos.
Em uma nova publicação, o protagonista do Castelo Rá-Tim-Bum postou a foto da escultura “Davi”, de Michelangelo, e disparou: “Aos puritanos e hipócritas de plantão! Já que a foto que publiquei no meu #tbt de 1990 foi censurada, ‘Davi’ de Michelangelo! O mesmo que pintou o teto da Capela Sistina! Coisa sacra!”.
Ao UOL, ele lamentou a situação, juntamente com o fato de ser visto até hoje como o personagem infantil: “Recebi comentários como: ‘Você não tem o direito de destruir a infância das pessoas’. Elas se sentem ofendidas quando saio desse nicho. É uma foto da Lenise Pinheiro com tratamento artístico”.
Cassio Scapin tirou tudo na época do Castelo Rá-Tim-Bum (Foto: Arquivo Pessoal)
“Não há nada de imoral, indecente, sensual ou sexual. Para onde vamos? Vai virar uma loucura! Criou-se uma disseminação da ignorância muito grave. Acho terrível o que está acontecendo, em que alguém estabelece uma verdade e a pessoa não quer nem saber. Isso, sim, é um processo de autoritarismo”, disparou o ator do Castelo Rá-Tim-Bum.
Aos 53 anos, ele lamenta: “Acho que viram ‘Castelo’ como viram ‘Chaves’. ‘Castelo Rá-Tim-Bum’ tem uma coisa que muita gente não nota, que é uma família disfuncional. Nino não tem mãe, não tem pai, é criado por um tio e uma tia-avó e mora sozinho. As pessoas não têm capacidade de ler isso”.
