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Olá amigos do TV Foco!

A partir desta semana, os noveleiros de plantão irão contar com um novo espaço sobre esta que é uma grande paixão nacional. Toda semana você vai encontrar uma análise sobre diversos temas da nossa dramaturgia, abordados com um novo olhar. É no último capítulo que todo trabalho desenvolvido durante meses, ou até mesmo anos, encontra seu fim. Milhões de pessoas se reúnem todos os dias, param suas atividades, ou até mesmo programam seu dia, para ver novelas. Torcem, choram, riem, cantam. Novelas são fenômenos culturais capazes de influenciar um país inteiro. Educam e divertem. E é pra falar sobre esse universo que inicio meu trabalho no TV Foco – site de grande sucesso e credibilidade que, por meio do esforço e do talento de seu time, conseguiu conquistar um público cativo e crítico, atento a todos os detalhes da televisão brasileira. Claro que a participação dos leitores é ESSENCIAL, através de comentários, sugestões, críticas, troca de ideias. Então, vamos lá? Pra começar, não poderia deixar de falar de “Avenida Brasil”, mais um sucesso de João Emmanuel Carneiro. Confiram!

NOVELAS: MOSTRAR O BEM E O MAL, OU ESCONDÊ-LOS? 

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Em outras épocas da TV, de uma forma geral, a dramaturgia se preocupava com a criação de personagens que buscassem ter um diálogo fácil e linear com o público, no qual as características do comportamento deles fossem marcadas pela previsibilidade e linearidade. Exemplos não faltam, como A Escrava Isaura, cuja abnegação foi acompanhada do início ao fim, seja na versão original, sucesso no mundo inteiro, seja na adaptação de Thiago Santiago, escrita para a Rede Record. A dualidade entre o bem e o mal, a questão do certo e errado, moral e imoral, sempre foi o motor das ações dos tipos representados por mocinhas e vilãs.

Entretanto, volta e meia esse conceito padrão é questionado e lançado como um desafio para o público, às vezes funcionando, noutras nem tanto. Em cartaz na TV GLOBO, Avenida Brasil nos traz Nina. Marcada por uma personalidade forte, em seu passado, um acontecimento serviu como divisor de águas para sua vida e pontapé para a estruturação de uma das tramas principais do folhetim. O abandono no lixão, a descoberta do caráter falho de sua madrasta: tudo foi aproveitado para a construção de sua personalidade e fundamento de sua vingança. Diferente de outras heroínas, a pauta de suas atitudes foi inteiramente elaborada para o fim de destruir a vida daqueles que a fizeram mal. Para conseguir isso, ela não pensa duas vezes em manipular, mentir, distorcer e persuadir, tudo dentro de um plano ambicioso e executado a duras penas, subestimando seus próprios sentimentos e valores.

A ideia de João Emanuel Carneiro, autor bastante elogiado e bem avaliado, principalmente pelos jovens e pelas classes A e B, prova a audácia de recriar conceitos no intuito de renovar histórias e partir para uma perspectiva mais naturalista do ser humano, que possui contradições, desvios comportamentais e não segue uma fórmula certa de sobrevivência. Neste caso, Avenida Brasil segue como exemplo de êxito, mas nem sempre isso ocorre.

Em A Favorita, o mesmo autor fez uso desses elementos e causou confusão na audiência ao colocar uma incógnita na verdadeira natureza das protagonistas. Hoje, vemos outro caso em que o uso desse argumento nem sempre é a melhor escolha. Em Máscaras, Lauro César Muniz não define ao certo quem é o bonzinho da vez, apesar do horário (incerto por sinal), que tenta nivelar a plateia em busca de telespectadores mais dispostos a enfrentar esse enigma. O sinal negativo apareceu nos números fracos de Ibope, que apontaram para uma massiva rejeição do público. Sinal vermelho para a direção da Record, que hoje tenta virar a trama pelo avesso na tentativa de correr atrás do prejuízo e ao menos garantir a sobrevivência da história até o despontar da próxima atração. Fracassos desestabilizam qualquer emissora, afinal, novelas são produtos caros e feitos apenas para dar certo, sem hipótese de fracassos, e, quando eles ocorrem, é preciso criar uma estratégia eficiente para evitar sua reincidência.

De fato, ousar em termos de teledramaturgia é buscar algo novo, que preze pela inteligência do público, sem perder a essência do que é visto como novela no Brasil. No México, os personagens zelam pela transparência de suas intenções, tornando o bem e o mal algo simplório dentro da narrativa, o que gera um empobrecimento na construção das tramas. Nelson Rodrigues, autor célebre pela inteligente construção de personagens duvidosos, fez de sua obra um celeiro amplamente explorado pela mídia, com clássicos que até hoje permeiam a imaginação popular (veja “Engraçadinha” e “ A vida como ela é”). Saber o tom certo dessa empreitada nem sempre é tarefa das mais fáceis, porém, o feito deve ser positivamente observado, visto que retrata a vanguarda de nossos novelistas e a qualidade de nossos novelões.

 

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