Operadora de celular tinha tudo para brilhar e terminou dessa forma
O mercado de operadoras do Brasil é um dos mais sólidos, uma vez que todo mundo precisa de um chip de alguma empresa para conseguir fazer ligações ou se conectar a aplicativos de mensagens. Mas, teve uma operadora de celular promissora que acabou chegando ao fim.
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Trata-se da Unicel, cujo nome comercial adotado foi Aeiou. Com um orçamento de R$ 250 milhões e baixo custo, ela prometia ser um modelo de negócio inédito no Brasil, com foco na cidade mais populosa do país. Bom, a ideia era ter a sua própria rede de telefonia móvel, a qual prometia ao cliente o melhor do mundo pré-pago e ainda com as tarifas mais vantajosas do pós-pago.
Bom, a execução desse grandioso plano é que não deu certo. Mas, antes de esclarecer o que deu errado, vamos voltar no tempo. Segundo o PronaTec, a Aeiou oferecia chip gratuito a partir da recarga mínima de R$ 20 e funcionava de forma totalmente online. Isso entre 2005 e 2007, época que a internet ainda não era popular, então, foi uma grade novidade.
Então, o usuário poderia acompanhar tudo pelo site da operadora. Além disso, o custo da ligação era de R$ 0,14 por minuto e de R$ 0,63 para outras operadoras e telefones fixos. A ideia era ser uma empresa moderna, voltada para os jovens e oferecer praticidade.
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O QUE DEU ERRADO?
Mas, afinal, o que desandou na operadora? Ela não teve a adesão que era esperada. Acontece que naquela época, a conexão de banda larga do Brasil era uma das piores do mundo, logo, as pessoas não tinham acesso fácil à internet e também não era simples fazer uma recarga com cartão de crédito.
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Para piorar, os clientes que compraram os chips, relataram que o sinal de telefonia instável e com falhas constantes. Ainda tinha a demora no envio dos chips, que chegavam a atrasar mais de um mês. Logo, a astuta operadora não conseguiu cumprir com o combinado.
Segundo o PronaTec, com apenas dois anos, a Aeiou deu calote nos clientes e fornecedores e ficou com uma dívida que ultrapassa R$ 150 milhões. Só em 2010, a empresa possuía 24 processos sobre reintegração de posse, execuções de títulos, despejo e pedido de falência.
Para completar, a operadora simplesmente sumiu do mapa por conta de uma suposta ligação do presidente da Aeiou com Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil da época.
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