Marca famosa acaba de falir
A crise na economia provocada pela pandemia da Covid-19 acabou sendo a principal causadora da falência de várias marcas famosas no Brasil nos últimos meses. Aliás, um famoso produto acabou sendo arrancado da sua geladeira e mercados em meio a uma notícia que gerou espanto.
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A falência que estamos falando é da empresa Agropecuária Tuiuti S/A, responsável pela administração da Shefa, uma das principais empresas de laticínios do país. De acordo com informações do site Capitalist, a decisão foi dada pelo magistrado Fernando Leonardi Campanella, alocado na 1ª Vara do Foro de Amparo, uma cidade do interior paulista.
Segundo o documento emitido pelo juiz, diversos indícios de fraudes foram comprovados durante o processo de recuperação judicial da empresa. Além disso, por conta do alto faturamento da Shefa e para não prejudicar os colaboradores, o tribunal autorizou a empresa a continuar operando normalmente, pelo menos por enquanto.
Dessa forma, a Shefa, que estava no mercado desde 1976, será administrada pela FK Consulting, que atuará como gestora judicial até que a questão se resolva em definitivo. Assim, o novo gestor judicial da organização chama-se Frank Koji Migiyama. Ele revela que somente no mês de junho a firma produziu 7 milhões de litros de leite.
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De acordo com informações do G1, a atividade empresarial será mantida até a liquidação do bloco, como forma de preservar o emprego dos mais de 300 funcionários e para o benefício da coletividade dos credores. O juiz também determinou que nenhum contrato ou obrigação vinculado da marca seja suspenso durante esse período.
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Como o juiz identificou as fraudes da Shefa?
Segundo Campanella, em 2015, a Shefa já vivia dificuldades financeiras. Foi então que um empresário começou a injetar capital na empresa e ganhou como garantia a posse da marca.
No ano seguinte, a venda da Shefa foi oficializada a um terceiro, mas com duas empresas do empresário que injetava o capital como “garantidoras” das obrigações assumidas pelo comprador. Uma delas também era credora da Shefa.
Pouco tempo depois da venda, de acordo com o magistrado, houve o primeiro indício de fraude. O então dono teria prestado garantias em prol da empresa garantidora/credora, de modo a abranger dívidas passadas no valor de R$ 35 milhões, o que seria ilegal.
Outro indício apontado foi quando o dono reconheceu uma dívida no valor de R$ 14.556.389,80, a ser paga em 60 prestações de R$ 795.999,39. O parcelamento, com os juros, elevou a dívida para R$ 47.759.963,40.
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