A atriz Eliane Giardini vem fazendo o maior sucesso com a personagem Nádia na novela O Outro Lado do Paraíso. O ápice da personagem ocorreu na noite desta sexta-feira (9), quando ela deu o troco no marido após descobrir que estava sendo traída tendo uma noite quente com Odair (Felipe Titto). Em conversa com a colunista Patricia Kogut, Eliane celebrou a grande repercussão da cena, elogiou Felipe Titto e ainda fez uma análise do apoio do público aos personagens.
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“Espero, depois disso, chegar a dez milhões de seguidores. Vou postar uma foto com o Felipe e quem sabe assim alavanco minha rede social? Ele é um fenômeno. No dia em que apareceu fazendo striptease na novela, ficou três minutos nos trending topics mundiais do Twitter e 15 nos do Brasil. As pessoas adoram Nádia com Gustavo (Luis Melo), mas também adoram a ideia de vê-la com Odair. Me parece que os dois casais têm apelo”, disse.
A atriz conta que foi pega de surpresa com a aceitação da personagem por parte do público. “É um sentimento complexo do público, ele ama e odeia a personagem. Recebo muitos afagos e elogios das pessoas, mas elas deixam claro que detestam a Nádia. Todo mundo brinca que a casa vai cair. Ninguém pretende perder o tombo dela. Acho que querem vê-la pagando pelo que fez, mas, por alguma simpatia pela personagem, consideram que uma redenção seria bem-vinda”, contou.
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Racista, a personagem não terminará como vilã o folhetim. Walcyr Carrasco preparou um plano de redenção para Nádia, que ganhará um neto negro e acabará se apaixonando por ele. “Não poderia ter sido uma escolha melhor. Nádia não poderá escapar nesse caso, não conseguirá culpar alguém. É a sua própria história“, opinou a atriz, que também se declarou feminista e criticou a personagem.
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“Nádia é fruto de uma sociedade patriarcal e trabalha pela continuidade disso. Eu acredito que as mulheres terão cada vez mais posições melhores, temos lutado por espaços. Acho que, na dramaturgia, veremos muitas escritoras tratando de histórias femininas. Por mais competentes que sejam os homens, quem melhor do que a mulher para contar as histórias de outras? Sou bem otimista em relação a isso. A gente também tem que conseguir ganhar o mesmo que os homens. Estamos muitas vezes no mesmo patamar e recebemos menos. Celebro todos os movimentos feministas. As mulheres precisam ter voz e ser ouvidas”, disse.
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