Home » Celebridades » Deu O Que Falar » R$2,3 bi na mesa: A venda da Casas Bahia pelo Pão de Açúcar a novos donos que ninguém poderia imaginar
Grupo Pão de Açúcar repassou a Casas Bahia, em venda colossal, para nome inimaginável do varejo
Em meados do ano de 2019, o Grupo Pão de Açúcar (GPA), considerado um dos maiores nomes do varejo, vendeu uma das marcas mais consolidadas do mercado nacional, a famosa Casas Bahia.
Mas você deve estar se perguntando “Que ligação a Casas Bahia tem com o GPA?”; Calma que a gente explica!
Apesar de muitos desconhecerem esse fato, a Casas Bahia estava no poderio do Grupo Pão de Açúcar, desde o ano de 2009.
Dez anos após a compra, mais precisamente em 2019, o GPA optou em vender todas as suas ações da Via Varejo, que até então controlava somente a Casas Bahia e Ponto Frio.
De acordo com o portal Valor Econômico, essa transação foi leiloada pela B3 (Bolsa de Valores do Brasil), e fez com que os novos donos deixassem R$2,3 bilhões na mesa.
Vale dizer que cada ação vendida custou uma média de R$4,90.
Reviravolta histórica
Só que o que mais choca nessa história não foi nem o ato de vender e sim a identidade de quem comprou.
De acordo com o G1, essa compra foi executada pelo poderoso veterano do varejo, Michael Klein, e sua família, cujos quais são fundadores da Casas Bahia.
Nem precisa dizer que essa transação ficou marcada na história, uma vez que concretizou a volta da Família Klein no poder do comando da Casas Bahia e demais varejistas pertencentes a Via Varejo.
Essa reviravolta histórica causou certo choque na época, afinal de contas, quem poderia imaginar que a poderosa conseguiria retomar o poder?
Ainda mais porque, até então, estava nas mãos de uma de suas maiores rivais do setor.
Apesar de surpreendente não foi algo feito no impulso …
Em agosto do ano de 2012, quando o grupo francês Casino assumiu o controle do GPA, os Klein já manifestavam interesse em retomar a marca para si.
Na época, o GPA era o controlador da Via Varejo, com 36,27% do capital social da varejista de móveis e eletrodomésticos, enquanto a família Klein tinha apenas uma fatia de 25,43%.
Fora isso, ainda de acordo com o G1, o GPA já dava indícios que venderia a rede desde o fim de 2016.
Uma de suas justificativas apontadas para a venda era se concentrar apenas no setor alimentício. Ademais, a empresa teve prejuízo de R$ 267 milhões no ano de 2018.
Em maio de 2019, a Via Varejo comunicou que o acionista Michael Klein, filho do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, estava no processo de contratação dos serviços de assessoria financeira da XP a fim de avaliar a aquisição das ações da varejista.
A volta do Grupo Casas Bahia
Após o ocorrido, conforme informado pela Info Money, a companhia anunciou a mudança do nome de sua marca que passou a se chamar somente Via, em abril de 2021, com o intuito de ir além do varejo
No entanto, de acordo com o portal Valor Econômico, em setembro de 2023 a Via voltou a se chamar Grupo Casas Bahia.
Com isso, foi ajustado o Artigo 1º do estatuto social da rede varejista, que passou a refletir essa mudança.
A assembleia de acionistas também aprovou a mudança do Artigo 5º do estatuto, com o ajuste no capital social da companhia, que somava R$ 5,1 bilhões, dividido em 1,59 bilhão de ações ordinárias.
Fora isso também foi aprovada a alteração do capital autorizado da companhia para que aumentasse em até 3 bilhões de ações ordinárias, sem valor nominal, mediante decisão do conselho de administração.
Como está a situação da Casas Bahia agora em 2024?
Ainda no ano de 2023, as ações da Casas Bahia registraram uma desvalorização de 81,03% , considerada a maior derrocada entre os papéis que compõem o Ibovespa, segundo dados da Economatica, empresa de informações financeiras do TC.
Vale dizer que esse tombo dos ativos acontece em meio a um balanço além do esperado. Só para sintetizar, nos primeiros nove meses de 2023, a antiga “Via” acumulou um prejuízo de R$ 1,6 bilhão*
Em relatório divulgado no dia 08 de janeiro de 2024, o BB Investimentos revisou a avaliação do GrupoCasas Bahia, para incorporar o resultado do terceiro trimestre de 2023 e o grupamento de ações realizado em dezembro do ano passado.
De acordo com o portal Suno, a analista Georgia Jorge pontuou que as ações BHIA3 despencaram 81% em 2023, refletindo a piora da situação econômico-financeira do Grupo Casas Bahia ao longo do ano.
A mesma ainda frisou que, após a divulgação do resultado referente ao 3T23, o BB Investimentos rebaixou sua recomendação para “venda”, diante da apresentação de números fracos.
Esses resultados em conjunto com o momento delicado vivenciado pela companhia, com rebaixamento de ratings corporativos e de crédito, acendeu um alerta quanto ao elevado risco de execução de seu plano de recuperação neste ano de 2024.
De acordo com Georgia, considerando o cenário como um todo, e expectativas de rentabilidade de 2024 e 2025, entende-se que o Grupo Casas Bahia segue em um momento: “desafiador, com desequilíbrio entre a relação risco-retorno”.
O BB Investimentos tem preço-alvo de R$ 9,80 ao final de 2024 para as ações de Casas Bahia.
Ainda de acordo com o portal, a Casas Bahia, emitiu um comunicado aos seus acionistas e ao mercado em geral informando a data de sua assembleia geral ordinária para esse ano de 2024.
Segundo comunicado, a assembleia geral ordinária da Casas Bahia ficou prevista para o dia 19 de abril de 2024, conforme já divulgado pela companhia em seu calendário de eventos corporativos.
Ainda de acordo com a Casas Bahia, a proposta da administração e demais documentos pertinentes à assembleia geral ordinária ainda serão divulgados pela companhia.
Meu nome é Lennita Lee, tenho 32 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora, e voltei para essa cidade, afim de recomeçar a minha vida.
Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.
Minha maior paixão sempre foi a dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras.
Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...
Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.