Vilão no filme de Tim Maia, Roberto Carlos vira herói na série da Globo


Roberto Carlos e Tim Mais, interpretado por Bubu Santana no filme em homenagem ao músico (Foto: Divulgação)
Roberto Carlos e Tim Mais (Foto: Divulgação)
Roberto Carlos e Tim Mais (Foto: Divulgação)

A Globo poupou Roberto Carlos de aparecer como um “vilão” na minissérie exibida nesta semana, reeditada do longa-metragem onde o cantor, no auge da juventude e já famoso, esnoba Tim Maia, então em início de carreira. Na trama da Globo, ele aparece como herói, o artista que lançou Tim Maia.

No filme, Roberto despreza e humilha Tim Maia, entregando-lhe botas usadas e dinheiro amassado. Essa sequência foi escrita em depoimentos de Nelson Motta, autor da biografia que originou o longa. Na versão da Globo, Nelson contradiz seu próprio livro e afirma que Roberto fez o que pôde para ajudar Tim.

Já Roberto conta que indicou o futuro soulman brasileiro a uma gravadora. Os dois conviveram desde os anos 1950 e tiveram uma banda, Os Sputiniks, que se desfez quando Roberto decidiu seguir carreira solo. Após a dissolvição da banda, Tim Maia se mudou para os Estados Unidos e foi preso.

Deportado para o Brasil, procurou Roberto Carlos, que tinha um programa na Record, e pediu ajuda. No filme, Roberto Carlos é retratado como mesquinho e aproveitador. Tim Maia (Robson Nunes) invade o camarim de Roberto (George Sauma), nos anos 60, mas o cantor não lhe dá ouvidos.

Ele entrega uma “bota que sobrou” ao ver os sapatos velhos do colega. Em seguida, Roberto é chamado para ir ao estúdio e pede para Tim esperá-lo. Tim Maia o aguarda pacientemente, mas Roberto Carlos passa pelo corredor e o ignora. Ele sai correndo, mas Tim o alcança e pede ajuda.

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Ele diz não ter dinheiro para voltar para casa e Roberto o esnoba novamente, mandando um produtor dar dinheiro ao ex-colega. As notas são amassadas antes de serem entregues a Tim. Toda essa sequência foi cortada. No lugar, entraram depoimentos de Nelson Motta e do próprio Roberto Carlos.

Roberto disse ter dado oportunidade a Tim Maia, sem mencionar o caso do camarim, em que Tim se sentiu humilhado pelo antigo companheiro. “O Roberto, acho que era tranquilo com ele, porque sabia o valor que o Tim tinha como cantor e compositor”, declarou Nelson Motta no depoimento.

“Tanto que levou o Tim para a Jovem Guarda. O Roberto fez o que pôde”, revelou Nelson Motta na Globo. “‘Tim, vou te apresentar à CBS. Vou arrumar para você gravar lá. Fique tranquilo’. E a Nice [Primeira mulher de Roberto Carlos] virou e disse assim: ‘Ajuda ele'”, afirmou.

“E ele sempre achou na vida dele que eu tinha feito isso porque a Nice tinha feito esse pedido e não foi, foi uma iniciativa realmente minha”, disse Roberto Carlos. Nelso tentou preservar a imagem de Roberto Carlos e desmentiu o seu próprio livro, “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia” (2007).

Na apresentação do longa, em outubro, o diretor Mauro Lima afirmou que “tudo foi baseado na biografia de Nelson Motta”, incluindo as cenas em que Roberto esnoba Tim Maia. Babu Santana, que interpretou Tim Maia no filme, ainda apareceu falando “Roberto Carlos lançou o gordo mais querido do Brasil”.

Em nota, a Globo disse que a minissérie não é uma reexibição do filme:

“Qualquer obra audiovisual segue critérios artísticos. O episódio de ontem mostrou Tim tentando sem sucesso falar com Roberto Carlos ao voltar dos Estados Unidos, em situações diferentes. O contexto foi mais detalhado nas entrevistas de Erasmo Carlos, Nelson Motta, Fábio e do próprio Roberto”.

As informações são do colunista Paulo Pacheco.

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