A compra de bilhões da Shell para aniquilar rivais em país e se tornar ainda mais gigante no setor petrolífero
E no ano de 2015, a Shell, uma das maiores empresas do setor petrolífero, fez uma compra colossal (e até mesmo audaciosa) que fez a mesma se destacar no mercado e passar como um rolo compressor em demais postos rivais em país (e até mesmo a nível mundial).
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Isso porque a companhia petrolífera naquele ano chegou em um acordo para adquirir a gigantesca e britânica BG Group por 64,2 bilhões de euros (equivalia a R$ 217,7 bilhões na época).
De acordo com o portal Reuters, essa foi a maior fusão do setor na época em mais de uma década e reduziu e muito a diferença que havia entre a Shell e uma de suas maiores rivais, que até então era líder de mercado, a norte americana Exxon Mobil
Conforme publicado pelo G1, essa fusão deu à Shell plenos poderes para acessar às operações multibilionárias da BG no Brasil, leste da África, Austrália, Cazaquistão e Egito.
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Elas incluíam alguns dos mais ambiciosos projetos de gás natural liquefeito do mundo.
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Na época, a Shell tinha como expectativa ampliar suas reservas de petróleo e gás natural em 25%, aumentando a produção em 20% e acelerando também a estratégia de crescimento da empresa.
A negociação
Em função do acordo entre as duas empresas, os acionistas da BG Group receberam uma parte do valor em dinheiro e outra em ações da Shell, o equivalente a 19% do grupo formado pelas duas companhias, de acordo com a EFE.
Costurado pelo até então presidente-executivo da Shell, Ben van Beurden, que permaneceu no cargo até o ano de 2020, e pelo até então presidente do Conselho da BG, Andrew Gould, o acordo ocorreu após a forte queda dos preços do petróleo que vinha acontecendo desde junho de 2015.
O que acabou estabelecendo um prêmio maior sobre o acesso a reservas provadas do que sobre exploração. Apesar do cenário de queda, os analistas consideraram que este poderia ser um dos principais negócios daquele ano.
1- Impactos no Brasil
Ainda de acordo com o G1, a Shel afirmou que esse acordo representaria uma melhora significativa na posição da companhia também aqui no Brasil, como detentora de reservas e investidora.
A expectativa era de que a produção aqui passasse dos 52 mil barris de óleo equivalente por dia produzidos em 2014 para um 550 mil até o fim do ano de 2020.
Vale dizer que a BG Group, em 20215, estava como a terceira maior empresa do setor energético do Reino Unido, tendo 5.200 colaboradores em 24 países tendo um valor de mercado em US$ 46 bilhões.
Já a Shell foi avaliada em US$ 202 bilhões, enquanto a Exxon, a maior petroleira em valor de mercado do mundo, era avaliada em US$ 360 bilhões.
No ano de 2022, a Shell bateu recorde quando registrou um lucro anual de US$ 40 bilhões. Esse valor foi o maior da companhia desde sua fundação, em 1907, e quase o dobro do registrado em 2021 (US$ 20,1 bilhões)
Como está os planos da Shell no Brasil?
Em dezembro de 2023, durante evento no Rio de Janeiro, o CEO da companhia Cristiano Costa afirmou que a expansão da produção da Shell é apoiada em um crescimento orgânico das atividades e no “ramp-up” das unidades.
De acordo com o portal Terra, o Brasil tem um peso expressivo na produção global da Shell cujo segmento de “upstream” encerrou o terceiro trimestre deste ano com 1,750 milhão de boed no mundo.
Em julho, a empresa chegou atingir a marca recorde 458 mil de boe ao dia no país, disse ele.
O presidente da Shell no Brasil aposta que o combustível fóssil ainda será necessário por um bom tempo, uma vez que as fontes alternativas aos derivados de petróleo ainda estão sendo implementadas e não se mostram suficientes para atender a demanda global por energia.
Nos próximos anos, novos projetos da Shell em parceria com a Petrobras vão entrar em operação. O campo de Mero 2 foi até o fim de 2023, e agora terá o Mero 3 e Mero 4, no pré-sal da bacia de Santos, em 2024 e 2025, respectivamente.
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