A fusão colossal da Azul com empresa famosa do setor aéreo para aniquilar a Gol
No ano de 2012, a empresa aérea Azul. uma das mais conceituadas do setor aéreo, divulgou uma fusão colossal com uma de suas rivais da época, para poder aniquilar outra gigantesca em aviação, a Gol.
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O fato ocorreu no dia 28 de maio daquele ano e a empresa se tratava da Trip, existente no mercado desde 1998 e conhecida por vender passagens aéreas e pacotes a preços mais acessíveis.
De acordo com a Época Negócios, a fusão rendeu uma frota com centenas de aeronaves, mais precisamente 112 aeronaves (62 jatos Embraer e 50 turboélices ATR), 837 voos diários, 316 rotas e 96 cidades atendidas, além de uma receita de mais de R$ 4 bilhões ao ano e 8,7 mil funcionários.
A projeção era que com a fusão a empresa alcançasse uma receita de um pouco mais de R$4 bilhões, mais precisamente R$4,2 bilhões ao ano.
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Divisão entre acionistas
Ainda de acordo com o portal Época Negócios, o grupo de acionistas a Azul, com a fusão, ficou com a maior parte de participações da empresa, obtendo 66,66% na nova aérea, enquanto os investidores da Trip ficarão com os demais 33,3%.
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Segundo as companhias, não houve nenhum desembolso para concretizar a transação, apenas uma troca de ações, o que fez da fusão ainda mais colossal.
Com a união das duas empresas, a Azul pretendia se consolidar como a terceira maior companhia aérea do Brasil. Antes da fusão, a Trip ocupava a sexta posição no ranking nacional das maiores aéreas.
Juntas, as empresas somavam 14,23% do mercado doméstico de aviação ( 9,94% da Azul e 4,29% da Trip).
Uma nova empresa
Segundo dados do fechamento de abril daquele ano, divulgados nesta segunda pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a TAM obtinha uma participação de 39,89% enquanto a Gol, 34,81%.
Para o fechamento da transação, que vinha sendo negociada desde fevereiro, foi criada uma holding controladora, a Azul Trip S.A.
O empresário David Neeleman foi nomeado na época o presidente do Conselho de Administração da nova companhia criada entre a fusão.
Vale mencionar que o executivo descartou a possibilidade de demissões, que é um dos maiores fantasmas de qualquer fusão. Fora isso, ambas as companhias chegaram a descartar uma abertura de capital, algo que a Azul vinha cogitando há algum tempo.
Com o objetivo de coordenar a integração das duas aéreas, as empresas formaram um comitê, que foi presidido por José Mario Caprioli, o até então presidente da Trip.
Como realmente ficou a Azul após a fusão com a Trip?
De acordo com o portal Aeroin, no mes de fevereiro de 2023, essa fusão que completou cerca de 11 anos, ganhou mais um capítulo inédito.
Isso porque, por seis votos a dois, a 1ª Turma da Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, decidiu em consenso que houve ganho de capital tributável pela Azul, em sua incorporação com as empresas da Trip.
Por conta disso, o colegiado manteve a incidência, a responsabilidade pelo pagamento de obrigação tributária de dois tipos de impostos pela Azul, o IRPJ, Imposto de Renda Pessoa Jurídica, e também o CSLL, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
O caso da fusão, que aconteceu na década passada chegou ao Conselho após o questionamento por parte do Fisco, do Estado de São Paulo sobre as operações de incorporações de ações que ocorreram em 2012, tendo em vista que o contribuinte não havia recolhido um suposto ganho de capital.
Levando em consideração que na ocasião da fusão, foi acordado pelos acionistas da Trip Linhas Aéreas que os da Azul incorporasse de maneira totalitária, o conselho entendeu que operação de ações não poderia ser considerado apenas como uma troça de ações.
Pelo menos não sem gerar efeitos tributários, pois teria produzido um acréscimo no patrimônio da Azul, evidenciado pela diferença dos valores das ações de uma companhia e de outra.
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