Empresa do ramo de transporte vive mesmo momento conturbado da Gol: Lutando para pagar dívida milionária
Empresa de transporte vive mesma situação financeira desafiadora enfrentada pela Gol, onde o peso esmagador da dívida ameaça até mesmo os gigantes.
Com uma carga pesada de obrigações financeiras, a empresa busca desesperadamente soluções para garantir sua sobrevivência em 2024.
Acontece que o Grupo Diavanti, um operador logístico que realiza transporte, armazenamento e redistribuição de produtos de terceiros, recebeu aprovação da Justiça de São Paulo para seu pedido de recuperação judicial.
A empresa acumula uma dívida de R$ 50 milhões, com os principais credores sendo os bancos Safra, Original, Mercedes, ABC Brasil, Sofisa e BS2.
A ordem judicial exige que o Grupo Diavanti apresente um plano de reestruturação dentro de 60 dias, que pode incluir a participação de um investidor.
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De acordo com o Estadão, e empresa atribui suas dificuldades financeiras ao aumento das taxas de juros, que tornou o financiamento de carretas mais caro. O aumento do preço do combustível e a baixa viabilidade do negócio também contribuíram para a situação.
Jean Cioffi, da JRCLaw Advogados, que está coordenando a operação junto com a Quist Investimentos, ressalta o aumento acentuado nos preços dos caminhões, que não foi repassado aos clientes finais.
“Isso bloqueou completamente as margens de lucro. Por isso, as empresas desse setor estão precisando se reinventar, agregar tecnologia, entre outros pontos”, afirma.
Apesar da desaceleração das taxas de juros e de perspectivas econômicas mais favoráveis, empresas de diversos setores continuam recorrendo à recuperação judicial.
Em janeiro, foram registrados 149 pedidos de recuperação judicial no país, de acordo com a Serasa Experian. Esse número representa um aumento de 62% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação a dezembro de 2023, o aumento foi de 46,1%.
Gol em situação similar
Gol entra em recuperação judicial nos EUA para reestruturar dívidas
Em 25 de janeiro de 2024, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (Gol) deu entrada em um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA. A medida visa reestruturar suas dívidas e fortalecer sua posição financeira em meio à crise global do setor aéreo.
Dentre os motivos da recuperação judicial, a pandemia de COVID-19 causou um impacto significativo na indústria aérea global, resultando em queda na demanda por voos e receita.
A Gol teve que reduzir drasticamente suas operações durante a pandemia, o que impactou negativamente seus resultados financeiros. Isso, segundo o CNN Brasil.
A empresa possui uma dívida significativa, que precisa ser reestruturada para garantir sua sustentabilidade a longo prazo.
O processo de recuperação judicial permite que a Gol continue operando normalmente enquanto reestrutura suas dívidas.
A empresa poderá negociar com seus credores para reduzir o valor da dívida e alongar os prazos de pagamento.
A Gol terá acesso a financiamento adicional para financiar sua reestruturação e fortalecer seu capital de giro.
Como funciona uma recuperação judicial?
A recuperação judicial é um processo legal pelo qual uma empresa em dificuldades financeiras busca reestruturar suas dívidas e se reerguer, mantendo suas atividades em funcionamento. Aqui está um resumo de como funciona:
- Pedido de Recuperação Judicial: A empresa apresenta um pedido formal de recuperação judicial ao tribunal competente, demonstrando sua situação financeira insustentável e sua intenção de se reabilitar.
- Análise do Pedido: O tribunal analisa o pedido e decide se aceita ou não. Se aceito, a empresa recebe a proteção da lei contra ações de cobrança por parte dos credores, concedendo-lhe um período de carência para negociar e implementar um plano de reestruturação.
- Elaboração do Plano de Recuperação: A empresa elabora um plano de recuperação, que detalha como ela pretende reorganizar suas operações, pagar suas dívidas e retornar à solvência. Esse plano deve ser aprovado pelos credores e pelo tribunal.
- Negociação com Credores: Durante o período de proteção, a empresa negocia com seus credores para chegar a acordos sobre a reestruturação das dívidas, que podem incluir descontos, prazos de pagamento estendidos ou conversão de parte da dívida em participação acionária na empresa.
- Aprovação do Plano de Recuperação: Uma vez negociado, o plano de recuperação é submetido à aprovação dos credores e do tribunal. Se aprovado, torna-se vinculativo para todas as partes envolvidas.
- Implementação do Plano: A empresa implementa o plano de recuperação, seguindo as diretrizes estabelecidas. Isso pode envolver a venda de ativos não essenciais, reestruturação operacional e financeira, e outras medidas para melhorar a saúde financeira da empresa.
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