Além da Gol, mais uma empresa gigante passa por situação delicada beirando a falência
A falência de uma grande empresa sempre acaba impactando de forma negativa todo um cenário, seja ele econômico ou social, visto que envolve, pessoas, empregos e até sonhos. Como exemplo disso, podemos citar a situação da gigante Gol. A Gol encerrou o terceiro trimestre do ano passado com um endividamento de R$ 20,3 bilhões. A empresa está em Recuperação Judicial nos Estados Unidos.
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Agora, vivendo praticamente o mesmo terror que a companhia aérea, com simplesmente dois bilhões em dívidas, uma outra empresa gigante está feirando a falência e vocês irão conferir detalhes nesta quinta-feira (9), sobre tudo o que está acontecendo. As informações são do portal Valor Econômico.
Conforme a fonte, o pedido de recuperação judicial da Coteminas e empresas a ela ligadas soma R$ 2 bilhões e tramita na 2º Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte. Nos documentos que o Valor teve acesso, a empresa culpa a alta nas taxas de juros, a inflação e “os ciclos econômicos curtos e voláteis do país” para explicar a crise da companhia.
Além disso, o documento também fala que os problemas da empresa começaram dezesseis anos atrás, em 2008, quando forte valorização do dólar que afetou as exportações.
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Em meio a tudo isso, a empresa diz que, já numa situação difícil de caixa, fechou o acordo como uma espécie de “Pre-IPO” da empresa Ammo Varejo, controlada pela companhia, e que já havia sinalizado ao mercado a sua abertura de capital. Sendo assim, em garantia das debentures, foram outorgadas ações de emissão da Ammo.
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As informações dão conta ainda de que no fim do primeiro trimestre de 2023, “descontente com a performance do até então presidente da Ammo” e no exercício dos direitos decorrentes do instrumento de emissão de debentures, os representantes da Farallon solicitaram a sua substituição por um novo presidente de sua confiança.
Entrou, então, Elio George Avelino Franca e Silva. “Não tendo a CSA [Coteminas S.A.] condição de obstar, foi acatado com a eleição do presidente indicado pela Farallon, que iniciou sua gestão em abril de 2023”, diz nos autos.
O que diz a Coteminas sobre a situação de crise?
A Coteminas, vale salientar, diz que, no período imediatamente subsequente, entre os meses de abril e dezembro de 2023, e, portanto, durante a gestão do Élio, que se reportava diretamente à Farallon para debater diretrizes, resultados, orçamentos etc. – a Ammo teve “os piores resultados de sua história”.
Ainda de acordo com informações do portal Valor, a Coteminas alega que, pela sua situação crítica “em função dos resultados da má gestão empregada a partir do ano de 2023 e dos juros provisionados sobre as debentures emitidas”, a Ammo foi “pressionada pela Farallon, sob a constante ameaça de ser declarado o vencimento das debentures, a aditar os contratos firmados entre as partes para prestar garantias adicionais” para, num prazo de um ano, encontrar um comprador interessado na fatia total ou parcial da Farallon na Ammo, com a consequente liquidação das debentures”.
A Coteminas fala em “ameaças por parte dos representantes da Farallon”, que prometiam declarar a qualquer momento o vencimento antecipado das debentures.
Por fim, ressaltamos ainda que em 2 de maio, a Coteminas recebeu notificação pela qual o fundo Odernes pede que a instituição financeira responsável pela escrituração das ações avançasse com a transferência da totalidade das ações de emissão da Ammo (de titularidade da Coterminas) ao fundo, portanto, executando o direito de garantia. “Esse cenário gerou a crise sem precedentes”, dizem os advogados do grupo.
Diante de todas essas informações, não dá para negar que, mesmo sendo de ramos diferentes, a situação se assemelha com a da Gol, citada acima, visto que, são duas empresas tradicionais e assim essa financeira sem dúvidas inimaginável para muitos há alguns anos, quando ambas estavam no auge do sucesso.
Sobre a história da Coteminas, ela foi fundada em 1967. Sua primeira fábrica de fiação e tecidos, localizada em Montes Claros, MG, entrou em operação em 1975, e expandiu sua capacidade operacional, através da aquisição da unidade operacional de Natal, RN, na década de 80, e construção de novas fábricas em Campina Grande, PB, e aquisição de ativos operacionais da Artex, localizados em Blumenau, SC, e João Pessoa, PB, na década de 90. A aquisição da marca Artex marcou a entrada da CTNM no segmento de consumo, que realizou, posteriormente, aquisição das marcas Arco-íris e Fantasia, na Argentina.
A Companhia desenha, fabrica e comercializa uma linha completa de produtos coordenados com suas marcas e licenças, e também marcas de terceiros, que são distribuídos através dos grandes varejistas localizados, em sua maioria, na América do Sul, e que inclui lençóis e fronhas avulsos, jogos de lençóis, toalhas de mesa, toalhas de banho, tapetes e acessórios para o banheiro.
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