Rival da Friboi faliu após se afundar em dívida bilionária
Uma enorme empresa conhecida por ser rival da Friboi por conta do seu seleto portfólio de carnes, surpreendeu a todos quando chegou ao fim. Seus milhares de funcionários foram dispensados e ela partiu para nunca mais voltar.
Para se ter noção do seu grande sucesso, essa empresa foi uma forte exportadora, chegando a distribuir seus produtos para mais de 50 países. Em seu auge de funcionamento, o grupo teve 8 unidades industriais, 5 mil empregados e cerca de 3 mil produtores.

Estamos falando do Frigorífico Chapecó, que na época que operava, era responsável por gerar boa parte dos empregos, principalmente, em Santa Catarina. Mas, a sua história, que se iniciou em 1955, chegaria ao fim em 2005. Se hoje a Friboi é referência no mercado, no passado era a sua rival.
Em 1997, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) surpreendeu o público ao assumir o controle total da empresa de alimentos. No entanto, essa decisão acabou resultando em um longo processo judicial nos anos seguintes, o que, por sua vez, marcou o início da decadência da reputação da marca.

Acontece, que conforme informações do site Agro Link, na década de 2000, por determinação do Ministério Público, o Frigorífico Chapecó teve seu sigilo bancário quebrado a fim de investigar possíveis interferências do ex-Secretário-Geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas Pereira, na concessão de financiamentos do BNDES para o grupo empresarial.
Veja também

Abandono, leilão e encerramento de atividades: 3 shoppings gigantescos em São Paulo e o trágico fim

Cancelamento no PIX do Nubank: O comunicado crucial do banco e a mudança para os milhões de clientes

R$ 976 milhões: Banco do Brasil antecipa pagamento extraordinário para esta lista brasileiros ainda em 2023
QUAL FOI O DESFECHO?
Tempos depois, em abril de 2003, uma auditoria confirmou que a empresa alimentícia havia recebido cerca de US$ 197 milhões do Banco Nacional, antecedendo uma crise que não pôde mais ser revertida. E o resultado atingiu diretamente todos os funcionários.
Os quase 5 mil colaboradores foram mandados embora, alguns sem receber nada. Sobre os produtos, já não tinha mais nem milho para manter os frangos, o que causou a morte de mais de 7 milhões deles. Sem recursos, a falência foi decretada oficialmente em 2005. As dívidas chegaram a nada menos que R$ 1 bilhão.
