Crise sem precedentes na Universal pode afetar a dramaturgia da Record
Investindo milhões desde em produções bíblicas desde 2016, a Record passa por uma crise no setor de dramaturgia e pode extinguir as novelas bíblicas por falta de verba da Igreja Universal, liderada por Edir Macedo.
De acordo com o Na Telinha, a Universal vive sua pior crise financeira desde a sua fundação em 1977, justamente por conta dos altos valores que foram investidos em produções bíblicas nos últimos anos.
Com a falta de dinheiro, a alta cúpula da Record já estuda diminuir ou até extinguir esse tipo de produção no canal. A decisão, no entanto, é exclusiva de Edir Macedo, proprietário do canal e da entidade religiosa.
Segundo a apuração do Na Telinha, a liberdade total de Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo, pode estar com os dias contados. Apesar de informações sobre problemas nos bastidores terem sido divulgadas recentemente, é a falta de dinheiro que pode fazer com que as novelas bíblicas saiam do ar.
Segundo as fontes do portal, a arrecadação da IURD recuou cerca de 65% desde o início da pandemia. A igreja se mantém quase que exclusivamente de doações de fiéis e a crise financeira que atinge a população contribuiu para a diminuição do lucro da entidade.
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Além disso, a Universal viveu uma séria crise institucional na Angola, perdendo todo o dinheiro que arrecadava no país africano.
Diante do cenário devastador, não houve outra solução a não ser o corte de gastos dentro da própria igreja, diminuindo o salário de pastores. Mas como não houve solução, o outro caminho passou a ser enxugar os repasses para a Record.
Oficialmente, a Universal não é dona da emissora da Barra Funda, já que uma igreja não pode ter a concessão de uma TV no país, ela pertence a Edir Macedo, mas na prática, o canal é um ativo da instituição religiosa.
FIM DAS MEGAPRODUÇÕES BIBLICAS FOI APONTADO COMO SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA FINANCEIRO
A solução apresentada por especialistas em finanças contratados pela Igreja foi de diminuir o repasse para a Record. Fontes do NT confirmaram que a expectativa é de que a emissora receba apenas 25% do previsto.
Com o repasse menor, a produção de novelas bíblicas ficaria inviável, a menos que o mercado publicitário diminua o prejuízo que a emissora teria.
As tramas religiosas não se pagam sozinhas e causam prejuízo já que as marcas não se interessam em anunciar no conteúdo.
Os diretores artísticos, que não são ligados à Universal, já apresentaram uma solução para Edir Macedo: voltar o investimento em produções contemporâneas, preferencialmente masculinas e que se pagam. Cristiane Cardoso já se mostrou contra e vem tentando conseguir investidores para as próximas produções.
Procurada pelo Na Telinha, a Record não se manifestou sobre a reportagem.
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