Novela de astros mirins decadentes, Verão 90 se inspira em Balão Mágico e Trem da Alegria


Jerônimo (Diogo Caruso), Manuzita (Melissa Nóbrega) e João (João Bravo) formam o grupo Patotinha Mágica em Verão 90 (Foto: Globo/Estevam Avellar)
Jerônimo (Diogo Caruso), Manuzita (Melissa Nóbrega) e João (João Bravo) formam o grupo Patotinha Mágica em Verão 90 (Foto: Globo/Estevam Avellar)
Jerônimo (Diogo Caruso), Manuzita (Melissa Nóbrega) e João (João Bravo): a Patotinha Mágica em Verão 90
(Foto: Globo/Estevam Avellar)
Nova novela das sete da Globo, Verão 90 buscou inspiração em grupos como Balão Mágico e Trem da Alegria para contar a história da Patotinha Mágica e de seus astros mirins decadentes na década de 1990.

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Autoras da trama, Izabel de Oliveira e Paula Amaral falaram sobre a história. A dupla contou como surgiu a ideia de ambientar nos anos 90 e onde buscou referências para fazer o trio mirim decadente. “Temos como referências os grupos infantis da época como Balão Mágico, Trem da Alegria, e a trajetória de atores como Shirley Temple, Macaulay Culkin”, revela Paula.

Confira a seguir a entrevista completa com as autoras de Verão 90.

Verão 90 se passa nos anos 1990, no Rio de Janeiro. Como surgiu a ideia de ambientar a história nesta década?

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Izabel – Acho essa década emblemática por conta do salto tecnológico que refletiu nas relações interpessoais. O que era ultra moderno pro jovem da época, soa como pré-história para o jovem que já nasceu na era digital. As mudanças que aconteceram nesse período originaram esse jovem antenado (para usar uma palavra de época) e conectado de hoje. É o Rio de Janeiro de um período em que a cidade era, ao mesmo tempo, o centro das atenções, mas parecia também tudo muito provinciano. Todo mundo se conhecia, se esbarrava nos mesmos lugares… A chegada do verão era uma grande festa. E é esse o espírito que queremos resgatar com essa história. ‘Verão 90’ vai se passar num grande verão, que vai começar em Janeiro e vai até o fim da história.

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Paula – Quando a gente olha para trás e vai ver os hábitos, os costumes daquela época, nos parece tudo muito distante, mas, na verdade, aconteceu ontem. O mundo mudou profundamente nos últimos anos, então ter a oportunidade de apresentar essa atmosfera para os jovens, para aqueles que não viveram os anos 1990, é muito bacana, assim como trazer a memória afetiva para aqueles que viveram tudo intensamente.

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A trama de Verão 90 gira em torno dos três ex-astros mirins que após o fim da ‘Patotinha Mágica’, seguem rumos diferentes. Como surgiu a inspiração para esse enredo?

Paula – O assunto da pós-fama, por si só, é algo muito interessante. Quando pensamos que fim levou aquele cantor mirim, ou a atriz que quando pequena era uma estrela, o astro de Hollywood que era a criança mais idolatrada do mundo e que depois simplesmente desapareceu, então temos um leque de oportunidades para explorar. Além da atmosfera dos anos 1990, que é um período rico, efervescente, dinâmico e pouco explorado na dramaturgia. Fazer a novela ambientada neste período partiu da vontade de revisitar uma época que vivemos intensamente e com a qual temos uma forte relação afetiva.

Izabel – Temos como referências os grupos infantis da época como Balão Mágico, Trem da Alegria, e a trajetória de atores como Shirley Temple, Macaulay Culkin… Mas, mais do que isso, Verão 90 é uma história de reencontro, dentro dessa atmosfera dos anos 1990, de três pessoas que viveram o auge do sucesso no passado, quando crianças, e que por circunstâncias do destino seguiram rumos e trajetórias diferentes e agora precisam conviver com o fim da fama, tem que batalhar para estar de novo na crista da onda.

Os Anos 1990 serão mais do que pano de fundo nessa novela. Quais aspectos e acontecimentos daquela década estarão presentes na história?

Izabel – A década de 1990 é cenário e personagem da nossa história, mas não podemos esquecer que é uma ficção, então não há um rigor para se retratar fielmente os acontecimentos históricos. De todo modo, vamos passear por vários momentos da época, fazendo referências a eventos como a Copa do Mundo, as praias do Rio, as vitórias e morte de Ayrton Senna, questões políticas, o ouro no vôlei nas Olimpíadas, a chegada do microondas, os telefones sem fio com secretária eletrônica, o CD e etc.

Paula – Fomos beber da fonte dos anos 1990. Vimos que tinha muita história boa para ser contada e referências em diferentes áreas como a música, que terá um papel fundamental na novela, a moda, e até mesmo as novelas daquela época, entre outros.

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Como está sendo a experiência de desenvolver uma trama sem considerar os recursos tecnológicos contemporâneos?

Paula – É um grande exercício para nós. Porque tem soluções numa trama contemporânea em que o celular, uma mensagem de texto, um e-mail ou o GPS resolvem tudo. Em ‘Verão 90’ não teremos essa possibilidade. Numa cena temos um personagem que ouve uma conversa pela extensão de um telefone fixo. Hoje em dia, quem tem 18, 20 anos, nem imagina o que significa isso.

Izabel – É bem interessante porque precisamos driblar os artifícios tecnológicos, o que acaba criando outras oportunidades para desenvolver as tramas, os conflitos e a própria relação entre os personagens, que era bem diferente se comparada aos dias atuais. Hoje temos as redes sociais e tantas outras formas de nos comunicar sem ter o ‘olho no olho’ como era mais comum num passado recente.

Qual a mensagem de Verão 90 na opinião de vocês?

Izabel – É uma história que mostra a perseverança das pessoas por seus ideais e convicções. Eu acho que acima de tudo é uma novela que fala de ética. O Jerônimo, que é o personagem que conduz o início da trama, acha que ser honesto é uma perda de tempo, já Janaína e João acreditam que é possível vencer sem passar por cima de ninguém. E personagens como o Diego, do Sergio Malheiros, mostram que não basta ter mérito pra quem não tem oportunidade. Temos grandes figuras femininas também, mulheres guerreiras e que, apesar de todas as dificuldades, lutam pelos seus, por sua felicidade e para transformar a realidade em que vivem. Lutam por dias melhores de forma ética e justa, como é o caso de muitas brasileiras.

Paula – Acho que a novela resgata muito a alegria, a irreverência dos anos 1990 através da música, do romance e das relações. Um folhetim que é atual, mas com a cara dos anos 1990, e que traz a questão sobre vencer na vida de forma ética, sem precisar prejudicar o próximo.

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